Gestão in foco

13 passos para aumentar o lucro de seu negócio

O tão sonhado lucro, esse é o objetivo final dos negócios, contudo, ele pode ser muito complicado de se atingir. O maior problema é a falta de organização, por isso é preciso muita atenção.

Lucro, em sentido amplo, é todo ganho ou vantagem obtida. No campo mais estrito da economia, é o retorno positivo de um investimento, deduzido dos gastos que este exigiu. Assim, não é só gastar menos que faz com que uma empresa aumente o lucro, como pensa a maioria dos administradores que estão iniciando um negócio, existem diversas outras ações que levam ao sucesso.

A Revista Gestão in Foco fez o levantamento de outros pontos que podem potencializar os lucros:

Parágrafo excluído, pois estava duplicado.

1 – Venda Mais

Estamos no meio do furacão gerado pela grande revolução tecnológica, nas empresas, a área comercial é um dos que enfrentam mais novidades – seja para o bem, seja para o mal. Transações comerciais sempre passam por modificações, e Luciano Giarrochi, CEO da Itibam deu algumas orientações para se adequar à realidade:

  • Crie processos na área comercial. Muitas atuavam de forma empírica, hoje, as empresas estão se preocupando muito mais com esse tema, planejando, criando e implementando processos comerciais, com o objetivo de padronizar as atividades e permitir que tudo seja mapeado e melhorado constantemente.
  • Se adeque às novas tecnologias e novos termos – a internet veio para revolucionar as vendas, assim, se atente a esse mercado. Também ganharam força terminologias diferentes, relacionadas às vendas. Dentre elas, se destacam ferramentas de automação de fluxo de prospecção, softwares para gestão comercial, plataformas etc.
  • Garanta uma boa experiência de compra. Proporcionar bons sentimentos para um cliente é fundamental para o sucesso de uma operação. Exemplo é que existe uma preocupação muito grande em executar uma venda consultiva, mas a realidade é que pouca gente realmente sabe o que é isso.
  • Capacite seu vendedor – para uma boa venda, o que potencializa resultados é o quanto o vendedor entende do negócio do cliente e o quanto ele consegue extrair e entender sobre a sua realidade, suas dores, suas necessidades e como o produto ou serviço pode servir de remédio para resolver e ajudar tais dores.
  • Entenda o cliente – busque uma boa relação fidelizando o cliente. Como? Perguntando, investigando e se conectando com ele. Lembre-se: muito dos resultados de vendas vêm de um planejamento bem estruturado e bem executado.

2 – Definição de preço

“Uma empresa não cresce se não sabe o real valor de seu produto. O primeiro princípio é que esse deve cobrir o custo direto da mercadoria, produto e/ou serviço, somado às despesas variáveis (por exemplo, comissões de vendedores), às despesas fixas (como aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore), tributos incidentes na operação e, principalmente, a margem de lucro esperada”, explica o diretor da Avante Assessoria Empresarial, Benito Pedro Vieira Santos.

Para definir o preço de venda de um produto e/ou serviço, segundo o Sebrae, o empresário deve considerar, além do aspecto financeiro visto acima, o aspecto mercadológico (externo). Por esta visão, o preço de venda deverá estar em sintonia com o praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e qualidade. Fatores como conhecimento da marca, tempo de mercado, volume de vendas já conquistado e agressividade da concorrência também exercem influência direta sobre o valor do produto.

Se o preço ditado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos internos da empresa, o empresário deve refazer os cálculos financeiros para avaliar a viabilidade da sua prática. Em outras palavras, para equilibrar o preço de venda, a empresa deve diminuir custos diretos, despesas fixas ou ainda aceitar um lucro líquido menor.

Calculando preços

Para calcular a previsão de vendas de produtos/serviços, a empresa deve seguir algumas alternativas: com base nas informações internas, analisar o comportamento das vendas realizadas em um determinado período e projetá-la para o mesmo período seguinte. Alguns aspectos podem interferir nessa projeção, como concorrentes, novos produtos, novos hábitos dos consumidores e eventos especiais, tais como festas, Olimpíadas, eleições, Copa do Mundo etc.;

Por meio de pesquisas de mercado, realizar um estudo da demanda de mercadorias/produtos/serviços que poderia ser atendida pela empresa. Variáveis externas, como população, atividade econômica, situação política, nível de renda e emprego, concorrência, novos produtos etc., devem ser consideradas.

3 – Aprenda a cobrar

Saber cobrar é também parte de uma venda e, por incrível que pareça, é um ponto que muitos se esquecem em vendas. Mas, mesmo não sendo interessante e não agradando ninguém, é preciso cobrar, como explica Benito Pedro Vieira Santos, e para isso é preciso ter disciplina, persistência e organização. Veja pontos para uma cobrança de sucesso:

  • Tenha tudo organizado e crie um cronograma de cobranças – sabendo quando venceu, quanto deve cobrar, qual o valor da multa, dos juros, vincular e desvincular o boleto da cobrança e a nota fiscal da venda ou do serviço prestado.
  • É interessante ligar para o cliente que está devendo já no dia seguinte ao vencimento informando que não identificou e pedindo ajuda para localizar o pagamento, pois o banco pode ter se confundido e então peça, por favor, para que ele envie o comprovante de pagamento.
  • Após 03 dias de vencimento é preciso contatar o cliente e indagar do pagamento, explicando a necessidade em ter o dinheiro por ter compromissos a honrar. Não esqueça de enviar um e-mail para reforçar a ligação, cobre do cliente, com delicadeza, uma data de pagamento e pergunte se ele pode fazer uma transferência naquele dia.
  • Atraso prolongado – quanto mais dias em atraso o título permanece, menor a chance de convertê-lo em dinheiro no curto prazo, por isso, passado uma semana do vencimento é hora de analisar com superiores quais iniciativas de suspensão dos serviços ou cobrança mais enérgica serão tomadas para recuperar os valores – assim crie procedimentos padronizados.
  • Quando um cliente está na posição de inadimplente contumaz, dever uma ou mais faturas não fará diferença para ele. O gestor deve trazer esse cliente o mais rápido para adimplemento para evitar o desligamento do mesmo e até medidas administrativas e judiciais para cobrança do débito, que só ampliará ainda mais suas chances de não receber.
  • Findadas todas as possibilidades, é hora de acionar o departamento jurídico e suspender o fornecimento de produtos e serviços.

4 – Contratar bem

Segundo Celso Bazzola, especialista de recursos humanos de sócio da Bazz Gestão de RH: “um dos maiores gastos das empresas está relacionado às contratações. Os custos são altos e os erros podem ser fatais para a estrutura do negócio. Assim, se pode afirmar que contratar bem é sinônimo de lucro. No mínimo na redução de custos com demissões, treinamentos, recrutamentos e seleção desnecessária, afinal são custos invisíveis que consomem tempo e dinheiro”.

Mas como contratar? Bazzola explica:

Faça um planejamento – Antes de qualquer contratação é preciso planejamento, com a definição clara do perfil a ser selecionado, as formas e locais para identificar os profissionais também contribuem para o sucesso.

Entenda qual é o funcionário que deseja – busque por um profissional que atenda às reais necessidades da empresa, deixando claro o que se espera deste, além de criar políticas bem definidas de remuneração fixa, variável e benefícios. A visão e cultura deve ser para o total cash e não apenas o salário mensal.

Tenha processos seletivos com regras claras – é fundamental para empresa definir bem seu processo seletivo. Avalie se haverá entrevista, prova e como serão feitas. Uma análise criteriosa é fundamental nesse momento.

Envolva os líderes – a pessoa que será o gestor do contratado tem que participar ativamente desse processo, necessitando avaliar se existem reais capacidades e até mesmo afinidade com o contratado.

Pesquise em buscadores – isso mesmo, hoje essa é uma facilidade e pode ser usada. Muitas vezes em pesquisas você poderá observar características que escapam na hora da entrevista e até mesmo problemas mais graves.

O barato sai caro – não é só porque o salário pedido é baixo que a pessoa se enquadra. Essa pessoa irá representar sua marca, assim, se preocupe em ter pessoas que realmente agreguem.

5 – Benefícios adequados

Além de contratar bem é preciso reter e equalizar os custos nos oferecimentos de benefícios para os colaboradores, segundo Cristina Camillo, sócia da Camillo Seguro, trabalhar benefícios de forma inteligente pode ser sinônimo de lucro para uma empresa.

Vantagens em se pagar benefícios – A escolha ideal de benefícios aos colaboradores afeta diretamente no rendimento dos mesmos. Colaboradores tranquilos e amparados pelo empregador e sinônimo de motivação e melhores rendimentos. O lucro pode estar ligado a retenção de talentos, ganho de tempo e credibilidade, assim os benefícios podem ser uma forma de viabilizar tudo isso.

Quais são os mais comuns – pela lei, são obrigatórios apenas o FGTS, vale-transporte, Férias e o Décimo terceiro salário. Mas, temos também alguns opcionais como vale-alimentação e vale-refeição, assistência médica, vale-cultura, plano odontológico, auxílio-creche, bolsa de estudo e horário flexível.

Veja benefícios pagos por concorrentes – uma boa alternativa para quem quer escolher os benefícios é fazer um estudo do que os concorrentes estão pagando para não deixar que sejam muito acima dos que sua empresa oferece, pois será uma forma de não perder colaboradores;

Vale lembrar que os benefícios são uma forma de retenção de talentos, assim, além de oferecer, é importante que tire destes as melhores vantagens, principalmente demonstrando de forma real o que se oferece e que isso não é uma obrigação, mas um diferencial.

Para definir os benefícios corretos é preciso entender as necessidades e anseios da equipe de colaboradores, o que necessariamente passa por uma avaliação conjunta sobre quais são mais desejados para determinados grupos, isto os tornarão validados e valorizados pela equipe. Por exemplo, oferecer cesta de alimentação para cargos de diretores pode não ser interessante.

6 – Focar no negócio, terceirização pode ser a solução

Em períodos de crise, se torna necessário avaliar todas as possibilidades e ferramentas que o mercado oferece para baixar os custos da uma empresa. Não adianta mais tratar as finanças com amadorismo, por isso, a alternativa de terceirização de serviços deve ser um ponto a ser levado em questão.

“A decisão vai muito além dos custos, sendo uma das principais vantagens da terceirização de serviços o fato da contratante da mão-de-obra conseguir focar seus esforços no core business da empresa, deixando a cargo da contratada todas as responsabilidades que envolvem a prestação de serviços”, conta o diretor da GB Serviços Profissionais, Gabriel Borba.

O diretor da GB Serviços elencou alguns dos benefícios que ele observa no processo de terceirização:

  • Escalabilidade do prestador de serviço proporciona menor custo e maior qualificação
  • Eliminação de vínculo trabalhista
  • Elimina gerenciamento de mão-de-obra
  • Evita processo de recrutamento e seleção de pessoal
  • Treinamento técnico e comportamental
  • Cobertura em caso de férias ou afastamento médico
  • Eliminação de custo imobilizado
  • Cobertura e substituição de funcionários em até duas horas
  • Tecnologia aplicada por quem precisa de mais qualidade, menor preço e eficiência
  • Ter alguém realmente responsável por tarefas que jamais teria um gerente/supervisor
  • Não ter dependência de pessoa

“Se compararmos o custo da empresa terceirizada com o custo anual a mais da estrutura que um funcionário orgânico demanda, você chegará nesta conclusão, o que acontece muito é a comparação do custo mensal do funcionário orgânico com a fatura mensal/anual da empresa terceirizada, esta comparação no primeiro momento torna a terceirização mais cara, mas não é a verdade”, explica Gabriel Borba, da GB Serviços.

Assim sendo, deve-se analisar a viabilidade de se terceirizar tudo aquilo que não é atividade fim da empresa, buscando a eficiência em todos os processos.

7 – Prevenção trabalhista

Minimizar riscos trabalhistas pode ser sinônimo de lucros? Pode parecer estranho, mas para o sócio da Boaventura Ribeiro advogados isso faz sentido.

“É imprescindível que todas as empresas mantenham ativamente um controle sobre seu passivo trabalhista, e a adoção de procedimentos claros com formulação de regras e diretrizes, elaboração de regulamento empresarial, implantação de políticas de postura e relacionamentos com os empregados. Seguramente terá o condão de reduzir drasticamente a quantidade de demandas trabalhistas e, sobrevindo esta, terá a empresa elementos importantes para elaboração de sua defesa. Infelizmente, por incrível que possa parecer, muitos gestores e líderes ainda adotam postura extremamente paternalista nas relações de trabalho.

Primeiro passo, melhor prevenir do que remediar – empresas que não mantém mecanismos de controle e/ou políticas de treinamento, estarão fadadas a maiores riscos, brincadeiras, apelidos, repreensão de colaboradores perante outras pessoas, podem, por exemplo, após o desligamento do funcionário gerar ação de indenização por dano ou assédio moral.

Veja outros pontos:

  • Possuir regras claras e aplicáveis
  • Plano de treinamento de liderança periódico
  • Sistema de controle claro e objetivo
  • Regras justas e que estejam à mostra e aplicáveis
  • Acompanhamento individual de cada colaborador
  • Demitir muitas vezes é mais barato, não ter medo de demitir, mas nunca coagir buscando economia em rescisão

O especialista conta que são muitos os riscos que podem levar dinheiro de uma empresa. Muitas vezes nos deparamos com profissionais totalmente desmotivados para o trabalho, e tal fato pode estar ligado a diversos fatores, se tomarmos, por exemplo, apenas os “fatores internos” ou seja aqueles relacionados ao trabalho, poderemos listar, falta de condições e asseio do ambiente de trabalho, falta de possibilidade de ascensão profissional, assédio por parte dos gestores e colegas de trabalho, dentre outros, tal tipo de insatisfação, em última análise irá gerar prejuízos empresa.

A relação humana envolve sentimentos em demasia, esses podem desencadear problemas futuros. Por isso a empresa tem que se posicionar de maneira mais analítica, não postergando decisões ou empurrando as mesmas para os colaboradores (forçar demissão ou não dispensar no momento por sentimento de pena do empresado). Esse tipo de postura invariavelmente será apresentado em forma de conta no futuro para a empresa. Seja justo e correto no momento certo, assim evitará contingências desnecessárias para sua empresa.

8 – Eficiência tributária

Tributação pode responder por cerca de 34% dos ganhos de uma empresa. Assim, é imprescindível que se ajuste esse ponto para diminuir custos e aumentar o lucro. Segundo Horácio Villen, para tanto é preciso organização.

“É fundamental o planejamento tributário para uma empresa, uma vez que ele vai possibilitar a redução de custos, além de evitar prejuízos financeiros para a empresa. Mas com um sistema complexo e cheio de exceções, é natural que muitos gestores desconheçam o melhor caminho para uma gestão fiscal eficiente”.

Horácio explica que o primeiro passo é optar pelo regime de tributação mais benefício, dentre os existentes: Lucro Real, Presumido ou Simples. A partir destes ver as possibilidades de adequação a cada um.

Escolher o local tributariamente mais benéfico para se instalar e operar também é uma forma lícita de buscar economia fiscal. Apesar das limitações previstas na legislação (alíquotas e bases de cálculo mínimo e máximo), há diversos Estados e Municípios que conseguem incentivos fiscais que podem ser determinantes para o sucesso de seu negócio.

O planejamento tributário deve ser visto como elisão fiscal, entendido como a adequação da empresa ao formato mais vantajoso de pagamento de tributo, sem cometer ilegalidade, e coordenado por profissional apto traz somente benefícios às empresas.

“Em nosso querido Brasil, a insegurança jurídica e as mudanças permanentes na interpretação da legislação fiscal desencadeia muitas vezes em descobrir que foram pagos impostos a mais em um determinado período, não por erro, mas sim por mudança de interpretação da legislação pelo próprio governo ou pelo judiciário, é o caso do PIS e Cofins sobre o ICMS”, explica Horácio Villen.

Nessas ocasiões há a possibilidade de recuperar esses tributos para aumentar lucros, quer seja por meio de medida judicial ou simplesmente administrativa. Contudo, tal procedimento deve ser tomado com cautela, sempre atento aos riscos envolvidos e inerentes a tais reinvindicações.

9 – Gestão de Ativos

A dúvida sobre como a gestão dos ativos irá impactar no lucro de uma empresa é grande, mas pense, quais os gastos administrativos existentes? Quando falamos de ativos estamos falando de todos os bens e direitos de uma empresa. Com uma visão contábil, temos os ativos circulantes (caixa, capital de giro, estoques) e os ativos não circulantes (imobilizado, intangíveis, investimentos).

“A movimentação dos ativos circulantes reflete diretamente no fluxo de caixa e os resultados da empresa. Normalmente as empresas têm algum tipo de controle sobre este grupo, pois qualquer variação impacta diretamente o seu resultado”, explica Fernando Mello, sócio da Saraf, empresa especializada em gestão empresarial.

Contudo ele faz um alerta, que é o fato de que muitas empresas não observam e não têm nenhuma gestão sobre o grupo de ativos não circulantes e aqui, mais especificamente estão os ativos imobilizados.

“Os imobilizados, ou ativos fixos, como também são conhecidos, são todos os bens tangíveis adquiridos pelas companhias com o objetivo de gerar benefícios futuros para a empresa. São os terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos, mobiliários, informática, veículos, ou seja, todos os bens que possibilitam que a empresa ofereça produtos ou serviços para o mercado, o que vai gerar as receitas necessárias que que o negócio prospere”, alerta Fernando Mello.

Fazer a gestão dos ativos, ou implantar o controle patrimonial, permite à empresa medir o retorno de seu investimento com mais segurança, melhorar o seu planejamento tributário, reduzir perdas com desvios e prejuízos por obsolescência.

A pergunta que fica é: como ter um controle adequado? O sócio da Saraf responde:

  • Realizar um inventário completo dos ativos da empresa
  • Implantar normas e procedimentos de gestão dos ativos conforme a operação do negócio
  • Divulgar as normas da empresa para todos os departamentos envolvidos com o controle do patrimônio
  • Educar os colaboradores com a nova cultura da empresa, incentivando o senso de dono
  • Utilizar a tecnologia e instalar softwares para o controle patrimonial, caso o ERP da empresa não tenha um módulo específico
  • Nomear uma equipe especializada e focada na gestão patrimonial, com recursos próprios ou terceirizados
  • Implantar rotinas operacionais com fechamentos mensais para reporte à diretoria como direcionador para decisões estratégicas

Ao ter conhecimento de tudo que possui, se torna mais simples ações inteligentes como a criação de regras para aquisição de novos ativos, diminuindo as despesas e agregando valor patrimonial à empresa; monitoramento das depreciações para um planejamento tributário mais eficiente; possibilidade de recuperação de créditos tributários na aquisição de novos ativos imobilizados, assim como verificar se existe a possibilidade de recuperação sobre os imobilizados adquiridos nos últimos 5 anos.

Além disso, a empresa pode fazer a geração de receita com venda de ativos obsoletos ao negócio e realizar a avaliação patrimonial para mensurar o real valor da empresa, facilitando a aquisição de financiamentos, gerando mais segurança na determinação de valores para seguros e demonstrativos financeiros corretos para os sócios e futuros investidores.

10 – Processos produtivos eficazes

O objetivo final de uma empresa deverá ser a existência de lucro e para isso são necessários processos produtivos realmente eficazes. A primeira dimensão a ser analisada é a capacidade de investimento, com base em um bom projeto e que defina claramente o resultado que se pretende alcançar.

A análise dos competidores e a análise do mercado consumidor não só devem influenciar no estabelecimento dos objetivos financeiros, como também no projeto dos sistemas produtivos apropriados.

“O sucesso está justamente no estudo de um projeto adequado, passando pela definição do que queremos ter em uma empresa, quanto vamos vender e se alguém faz melhor e/ou mais barato que nós. Não devemos ter apego emocional. Se alguém faz melhor e é economicamente mais viável, terceirizar é o caminho”, indica o diretor da Avante Assessoria Empresarial, Benito Pedro Vieira Santos.

Veja algumas dicas que poderão ajudá-lo nesse caminho:

  • Medir os resultados obtidos
  • Comparar com o projetado
  • Planejar ações de melhoria
  • Implantar as ações planejadas
  • Repetir o ciclo constantemente

Por fim, avaliar constantemente plataformas e matrizes de trabalho (como máquinas, equipamentos e softwares) pode ter um impacto direto na produtividade.

11 – Invista em tecnologia

Segundo o especialista na área de TI, Marco Lagoa, da Witec IT Solutions: “Não há dúvidas de que a tecnologia da informação promoveu um grande impacto nas organizações, principalmente para as funções que envolvem planejamento, organização, liderança e controle. Afinal, o propósito básico da TI é permitir que a empresa alcance seus objetivos, com a tomada de decisões pautada em informações integradas, de fácil acesso e localização”.

Com um maior número de empresas no mercado e público cada vez mais informado, a tecnologia começou a ser utilizada para transformar a realidade das empresas, uma vez que quando bem usada, torna-se um diferencial competitivo.

Seu uso promove o aumento da precisão organizacional, auxilia a gestão e, por meio de sistemas de informação, traz maior eficiência na administração de processos e obtenção de resultados previamente estabelecidos.

Benefícios da TI para as organizações:

Melhora na comunicação – dá aporte tanto para a comunicação interna, quanto externa. Serviços de e-mail, sincronização de agendas, organização e classificação de mensagens, aplicativos de mensagens instantâneas e videoconferência, são algumas das ferramentas que contribuem para o dia a dia das empresas.

Aumento da produtividade – otimização de rotinas e processos, automatização de informações, consequentemente, gerando para a equipe ganho de rendimento.

Relacionamento com clientes – mapear público, promover ações de marketing, captar informações dos clientes para manter contato ou comunicar sobre novas promoções e itens que se enquadrem dentro de seu perfil, são algumas das ações de relacionamento proporcionadas pela TI.

Segurança da informação – o investimento em segurança da tecnologia da informação garante a proteção dos dados da empresa e clientes. Além disso, possibilita a realização de backup e recuperação desses dados, caso haja alguma invasão.

Disponibilidade de dados – com esse serviço, os gestores conseguem ter acesso às informações e dados a qualquer momento e lugar. Isso possibilita que o ambiente seja integrado, acessível e eficaz.

Cada vez mais a área de T.I está inserida na realidade das organizações interferindo diretamente nos resultados que elas alcançam.

As ferramentas disponibilizadas pela tecnologia, aumentam a capacidade de trabalho contribuindo para o desenvolvimento das empresas e ganhos de vantagens competitivas.

 12 – Incentivo fiscal para turbinar a tecnologia

A Lei do Bem pode ser uma aliada do negócio. Empresas inovadoras sempre contam com a tecnologia como aliada, seja ela no campo físico ou psíquico. Assim, uma empresa que pretende inovar, criar produtos tecnológicos, mas não tem caixa para tal, pode utilizar esse artifício.

“Investir em tecnologia é também desenvolver pessoas, pois são elas que criam ferramentas e “braços” para a área tecnológica. Quando se detém um capital intelectual, que cria e auxilia no desenvolvimento de tecnologias para a empresa, isso pode acarretar em produtos exclusivos ou altamente competitivos e consequentemente rentáveis. Investir em tecnologia dentro de uma empresa é muito mais que comprar ou desenvolver equipamentos. É investir em pesquisa e desenvolvimento, que esconde por trás o elemento de maior valor neste processo: o capital humano”, explica Camila Favett.

A Lei do Bem é um decreto nº 5.798 de 2006, que viabiliza que empresas inovadoras possam obter um benefício em valores financeiros para o caixa da empresa. Os pré-requisitos para que a empresa possa participar da Lei do Bem são:

  • Estar no regime tributário do Lucro Real
  • Ter fechado o ano base com lucro e realizado pesquisa, desenvolvimento e inovação

Mas, quais benefícios se enquadram? Em linhas gerais, as atividades de inovação passíveis de receber incentivos fiscais são: pesquisa para o desenvolvimento e inovação, cooperação da empresa com universidades, instituições de pesquisa, micro e pequena empresa ou inventor independente, contratação de pesquisadores, patentes, aquisição de novas máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados à inovação. Também a realização de trabalhos com o objetivo de produzir novos materiais, produtos, dispositivos, processos, sistemas e serviços ou melhorar consideravelmente os que já existem.

O benefício visa um desconto na base do Imposto de Renda e com isso a empresa pode reinvestir o valor em Centros de P&D, desenvolver pesquisadores e com isso gerar novos produtos de alta competitividade no mercado.

Com a Lei do Bem podem ser feitos investimentos em pesquisas em um modo geral:

  1. – Contratação de capital humano qualificado (pesquisadores)
  2. – Investimento em tecnologia de ponta para otimizar processos
  3. – Criação ou aprimoramento em Centros de PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação)
  4. – Compra de equipamentos exclusivos, com redução de IPI em 50%, para os Centros de PD&I
  5. – Busca por elementos inovadores dentro e fora do país (viagens, insumos, conferências)

“O benefício pode ser de 60% a 80% (dependendo se o número de pesquisadores aumenta de ano a ano dentro da empresa), e o cálculo dos percentuais são feitos somente sobre valores gastos com pesquisa e desenvolvimento e não no todo que será cobrado em Imposto de Renda”, explica Favett.

13 – Aplique seu capital com inteligência

Feito tudo isso, é possível aumentar ainda mais o lucro, mas para isso é preciso estruturar o processo de investimento desses valores.  Carollyne Marianno, sócia da Redoma Investimentos, explica que “é importante sempre ser muito cuidadoso e zeloso quando se trata de investimentos de Pessoa Jurídica, entendendo qual é a liquidez necessária, qual é o perfil de risco (de modo geral, por se tratar de caixa, o perfil é conservador) e então definir os produtos a serem investidos”.

Ela acrescenta que por se tratar de uma gestão de caixa, é muito importante saber exatamente quais são os riscos do produto investido. É importante entender que a Renda Fixa (CDB, LCI, LCA, LC e Poupança) são aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito, para aplicações até R$ 250 mil por emissor e por CPF/CNPJ, já os investimentos em Fundos não contam com qualquer garantia, pois o risco desse tipo de produto são os ativos que o fundo investe. E é importante também entender a tributação de cada produto, por exemplo, a LCA e LCI são investimentos isentos de imposto de renda apenas para Pessoas Físicas.

Em geral, o Gerente Financeiro que cuida dessa célula precisa ter cuidado em investir e manter dinheiro para ter fluxo de caixa. Para isso, a sócia da Redoma explica que existem produtos com liquidez diária que não comprometem o fluxo de caixa. Caso o investidor tenha um fluxo mais folgado, é possível melhorar a rentabilidade em produtos sem liquidez, ou seja, com vencimentos em 30-90 ou 120 dias.

Enfim, com todos os pontos apresentados se observa que buscar o lucro de uma empresa não depende de uma ação única. É possível criar várias estratégias para essa finalidade, mas todas passam por gerir bem e ter conhecimento.

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LGPD – o que sua empresa já deveria ter feito?

Depois de uma verdadeira maratona cheia de idas em vindas, com quase 10 anos de debates entre Congresso Nacional e sociedade, além de prazo para adequação, a Lei Geral de Proteções de Dados (LGPD) é uma realidade desde o dia 17 de setembro de 2020 para a qual as empresas devem se adequar. E o que isso muda para as empresas? Tudo! Essa medida chega em boa hora, pois recentemente se soube de diversos mega vazamentos de dados da população, expondo praticamente toda a população brasileira viva, além de alguns CPF de pessoas já falecidas. A pandemia também foi um fator que fragilizou a proteção de dados e agora as pessoas estão muito mais preocupadas em se proteger. A finalidade da LGPD é proteger os dados, salvaguardando as informações de pessoas físicas. Importante ter em mente que toda operação de tratamento de dados pessoais realizada por empresas privadas, órgãos públicos ou até mesmo por pessoas físicas então dentro desta lei, independente se a mesma seja utilizada em ambiente online ou offline.  Ou seja, engloba desde a venda da esquina até os principais softwares de relacionamento. Também a lei não limita o país onde os responsáveis pelo tratamento estejam. Ou seja, a LGPD mudará a vida das empresas. “Inicialmente as empresas devem realizar um conjunto de eventos internos para apresentação formal da Lei, sua origem, seus objetivos, os impactos e principais impactos corporativos, e a estrutura da Lei, ressaltando-se o entendimento de que a adequação é no contexto de Atividades de Tratamento de Dados”, explica Carol Lagoa, sócia da Witec IT. “A lei traz um novo modelo organizacional de Compliance Legal com uma Governança específica no tratamento do Ciclo de Vida dos Dados Pessoais, incluindo um conjunto de Direitos aos Titulares | Donos dos Dados Pessoais”, complementa Lagoa. O grande ponto para empresas é que, em caso de descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados, as multas podem chegar até 2% do faturamento da empresa, com o teto de 50 milhões de reais. Mas, por mais que tenha ficado definido que as punições só serão sancionadas a partir de agosto de 2021. Existem várias causas que já estão sendo favoráveis aos consumidores e empresas estão pagando pesadas multas “A conformidade das empresas com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige a implementação de um programa de governança de dados específico”, explica Blanca de Albuquerque Brito Lima, sócia da Damiani Sociedade de Advogados. Ela complementa que “para a estruturação da conformidade, a empresa deve adotar medidas de segurança no âmbito jurídico e técnico. Além disso, deve elaborar uma política de privacidade, estabelecer o ciclo de vida de dados que são tratados pela empresa, atribuir bases legais para os tratamentos de dados, realizar uma adequação dos contratos, contratar um Data Protection Officer (DPO), viabilizar o acesso e a comunicação do titular de dados com a empresa, bem como realizar treinamentos e capacitação dos colaboradores no âmbito da proteção de dados pessoais”.   Segundo Carol Lagoa da Witec, o ciclo de vida da um Compliance Legal sempre adota um passo-a-passo previsto como: Assessment Inicial para entendimento dos atuais GAPs de Compliance Organização mínima da Cultura e Estrutura Organizacional para se adequar minimamente à LEI Implementação de Processo, Procedimentos, Revisões Contratuais, Políticas e Normas Internas para se tornar minimamente adequada à Lei Governança de Compliance no dia a dia, para continuidade do Compliance Implementação de melhoria contínua Entenda melhor “Simplificando, a LGPD foi criada com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade das pessoas físicas. Neste sentido, ela abrange toda a forma de coleta, armazenamento, compartilhamento e eliminação de dados pessoais”, explica Blanca. Qualquer cidadão, titular dos dados pessoais, poderá questionar as empresas sobre oo tratamento que é dado a sua informação pessoal. Em função disso será necessário que as empresas definam canais específicos de contato para questionamento e tenham um encarregado: indivíduo ou setor responsável pelo atendimento das questões relacionadas a privacidade e proteção de dados pessoais dentro da organização.  Esse profissional será o mediador da comunicação entre os agentes de tratamento de dados (controlador e operador), a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), o titular dos dados pessoais (pessoa física), além de outras autoridades públicas que eventualmente fizerem questionamentos.  Pode parecer assustador em um primeiro momento, mas algumas ações já devem ser tomadas pela empresa. Vamos a elas: Criação de um Comitê de Privacidade – Selecionando profissionais de diferentes áreas, que tragam o conhecimento dos processos de seu setor, com o objetivo de garantir que ela esteja operando dentro da Lei. Busca de consultoria jurídica especializada – a Lei é muito recente e passa por alterações e entendimentos, assim é preciso que se tenha um suporte especializado para esse processo como um todo. Contratação ou direcionamento a um profissional especializado – nasce um novo cargo nas empresas o Digital Protection Officer (DPO), ou encarregado de tratamento de dados, sendo esse a pessoa física ou jurídica que será responsável legalmente por comandar atividades de proteção de dados dentro da empresa. Esse irá responder diretamente à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).  Veja algumas da função desse profissional ou terceirizado: Atender demandas de usuários e prestar esclarecimentos Receber comunicações da ANPD e tomar providências Orientar funcionários em relação às práticas que devem ser seguidas, verificando seu cumprimento dentro da empresa. Rever todos os processos da empresa – Após a adequação estrutural, chega a hora de grande trabalho, precisando rever todos os processos de uso de informações, a forma com que se obtêm o consentimento pelos dados devem ser revistas, para se adequar a LGPD. O titular dos dados precisa saber exatamente a finalidade que será dada às suas informações. Ponto importante é que a empresa só poderá utilizar a informação conforme comunicado, ou seja, se precisa do CPF para checar o crédito da pessoa, apenas poderá ser utilizado para essa finalidade, se for utilizar para outro motivo deverá solicitar outro consentimento. A dica é identificar todas essas atividades e verificar o cumprimento de medidas de segurança, tempo de retenção das informações, entre outros pontos levantados

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Os desafios para que as franquias prosperem

Ter uma franquia vem se tornando o grande desejo de muitos empreendedores, por muitos motivos, dentre os quais se destacam o fato de associar um novo investimento a um modelo que já demonstra resultados e não ter que criar nenhum modelo de negócio. Fato é que o franchising no Brasil cresceu nos últimos 10 anos a taxas bem superiores ao PIB, e a curva de maturidade do setor também vem evoluindo ano a ano.  Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias acelerou a trajetória de recuperação no segundo trimestre deste ano frente a igual período de 2021. O faturamento no período foi 16,8% maior. O setor superou em 11,4% o faturamento nominal do 2º trimestre de 2019, período anterior à pandemia. Segundo a Pesquisa Trimestral de Desempenho do Setor, a receita passou de R$ 41,140 bilhões para R$ 48,052 bilhões nesse período de 2022. A associação também aponta que, além da recuperação da economia de forma geral, a elevação do faturamento do setor de franquias está associada ao maior fluxo de consumidores nas lojas físicas (inclusive em shoppings centers e outros centros comerciais). Outra contribuição para esse aumento foi a retomada de hábitos presenciais e eventos sociais e corporativos, junto com uma grande demanda reprimida em áreas como alimentação e turismo, sendo que o delivery e o e-commerce mantiveram níveis consideráveis. Por isso, a retomada de serviços e a melhoria da taxa de emprego são outros fatores importantes. “Esses dados positivos reforçam a resiliência e a maturidade do setor de franquias brasileiro, que, mesmo ainda enfrentando os impactos da pandemia e os novos desafios, segue resistindo e, com muito esforço, avança em sua recuperação. O forte retorno presencial apoiado pela vacinação e a demanda reprimida foram alavancas importantes, mas o franchising está fazendo sua parte para que o crescimento seja sustentável e consistente”, diz o presidente da ABF, André Friedheim. Empregos do setor De acordo com a pesquisa, o setor de franquias no Brasil totalizou aproximadamente 1.453.852 pessoas empregadas diretamente neste segundo trimestre, ante 1.292.034 no mesmo período do ano anterior, o que equivale a uma alta de 12,5% no número de empregos diretos gerados pelo franchising nos meses analisados. “O franchising é, de fato, um setor que tradicionalmente é a porta de entrada não só para os empreendedores, como também para os jovens no primeiro emprego. E, diante do aumento das vendas, mesmo que gradual, observado no segundo trimestre, os empresários do setor avançaram em contratações”, afirma o presidente da ABF. Em relação à abertura de unidades de franquias no período pesquisado, o índice foi de 3,7%, ante 3,9% no segundo trimestre do ano passado. Foram encerradas 1,8% das operações contra 1,7% em igual período, resultando num saldo positivo de 1,9%. O índice de repasses também manteve-se estável, ficando em 0,9% neste segundo trimestre frente a 0,8% de abril a maio do ano passado. Todos os 11 segmentos do setor apresentaram crescimento no período. A maior variação positiva no faturamento foi constatada em Hotelaria e Turismo, com 25,4% de alta. Alimentação – Foodservice vem em seguida, com receita 22,3% maior frente a igual período do ano passado. Saúde, Beleza e Bem-estar registraram o terceiro melhor desempenho. Destacaram-se, ainda, os setores de Casa e Construção (17,4%) e Moda (15,8%). Como abrir uma franquia? Com base nesses dados, pode parecer que abrir uma franquia ou montar um modelo franqueável seja simples, mas é preciso planejamento e conhecimento para o assunto. Alguns segmentos no Brasil utilizaram mais o franchising como estratégia de expansão de seus negócios do que outros e hoje já abrigam um grande número de marcas, como é o caso do setor de alimentação.  No entanto, o Brasil ainda tem muitas regiões em potencial para serem desenvolvidas e há espaço para novas redes em diferentes mercados. O que se percebe é que, cada vez mais, haverá uma seleção natural das marcas que estão mais bem estruturadas para atuar no franchising. O sistema de franquias vem chamando a atenção de grandes players da indústria que estão indo para o varejo utilizando um modelo estruturado para operação por um parceiro/franqueado, recebendo todo o apoio para obter sucesso e contribuir com a maior visibilidade da marca. Se tem vários exemplos de sucesso no Brasil, o principal deles é a Hering. Indústrias de calçados, cosméticos e vestuários estão indo na mesma linha. Atuar no franchising é desafiador. Os empresários que decidem por esse modelo de expansão devem ter uma visão clara de que terão que contar com o engajamento de seus franqueados, da mesma forma que estes devem contar com o apoio e o suporte da franqueadora para que a unidade sob seu comando atinja os resultados projetados e que consigam obter retorno do capital investido. A relação deve ser permeada pelo conceito ganha/ganha e de interdependência, e essa visão deve estar clara na mente de ambos, franqueado e franqueador. O grande desafio do franchising no Brasil é a condição dos empresários-franqueadores de manter a rede competitiva e sobreviver face às intempéries do ambiente econômico do país e das políticas do governo, dado que pouco se conhece desse modelo, que, apesar de tudo, tem permitido que pequenos negócios se destaquem no mercado e, em muitos casos, com um crescimento exponencial. O sistema cresceu e continuará crescendo, porém, a sua consolidação vai depender de algumas trilhas ligadas à gestão, à liderança e à capacitação, que precisam ser percorridas por todos. Auditorias em franquias Um caminho para que esse modelo de franquias seja realmente potencializado é um forte acompanhamento dos processos, tornando-se interessante até mesmo auditorias em franquias. Segundo José Augusto Barbosa, sócio da Audcorp, empresa especializada em auditoria, esse trabalho consiste, de forma resumida, no conjunto de procedimentos que tem a finalidade de manter o padrão físico e operacional das lojas, atuando na resolução de problemas e garantindo a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela rede.  “Desta forma, as auditorias são fundamentais para propiciar qualidade e padronização da rede em diversos aspectos, tais como a fachada e a decoração das lojas, o atendimento por parte

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Crédito para empresa: Como evitar a inadimplência e tomar empréstimos

Passamos por um período de recessão que levou a um crescente número de empresas inadimplentes no Brasil. Para se ter ideia, em abril, de acordo com a Serasa Experian, cerca de 4,4 milhões de organizações têm dívidas em atraso, representando mais da metade das 8 milhões de empresas em operação no país. A Confirp possibilita suporte para as empresas além da contabilidade, seja cliente! Dessas instituições, 45,2% atuam no comércio, 45% pertencem ao segmento de prestação de serviços e 8,9% são indústrias. Quase metade das empresas inadimplentes tem quatro dívidas ou mais (48,5%) não pagas. Aquelas que têm uma dívida em atraso são 29,9% e as empresas com duas pendências financeiras são 13,3% do total da amostra. As companhias com três dívidas atrasadas são minoria (8,3%). Assim, quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, devido ao não pagamento de compromissos que devem ser honrados, o caminho certo para solução dessa situação consiste em aplicar e realizar um plano para o pagamento das dívidas e até mesmo buscar crédito para empresas. “Primeiramente se deve descobrir como e quando as dívidas foram geradas. Além disso, elas precisam ser amortizadas para que não sejam cobradas judicialmente pelos credores, prejudicando a imagem da empresa no mercado. É importante frisar que cada tipo de dívida garantida por um contrato é protegido por alguma lei, estabelecendo os efeitos do não pagamento do compromisso”, conta Reinaldo Domingos, autor do livro Papo Empreendedor (Editora DSOP). Ele também montou os principais passos para a elaboração de um plano para o pagamento das dívidas: Verificar se o negócio está dando lucro, desenvolvendo um amplo diagnóstico financeiro da empresa; Realizar um levantamento correto do valor de todas as dívidas vencidas e vincendas (a vencer), identificando detalhes como credor, data do vencimento, valor, multas, juros, etc.; Verificar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, se os lucros futuros serão suficientes para suportar a amortização do valor das dívidas. Caso contrário, adotar, se possível, os procedimentos para redução de custos improdutivos e desperdícios, bem como aumentar o faturamento; Estabelecer as prioridades para pagamento dos credores, seguindo a ordem proposta a seguir e considerando o valor de cada dívida, seu custo e risco do não pagamento. Ordenação do pagamento das dívidas: Dívida de menor valor, alto risco e/ou alto custo financeiro; Dívida de maior valor, alto risco e/ou alto custo financeiro; Dívida de menor valor, baixo risco e/ou baixo custo financeiro; Dívida de maior valor, baixo risco e/ou baixo custo financeiro. Reforço que é sempre importante avaliar o risco do não pagamento de cada dívida em baixo e alto risco, calculando o percentual do custo mensal de cada dívida e dividindo os juros mais encargos pelo valor total. É de fundamental importância que o empreendedor efetue um controle frequente da execução do cronograma previsto neste passo, para avaliar os resultados e tomar as medidas corretivas, caso ocorram desvios em relação ao planejado. Em todo esse processo, é conveniente que o empreendedor conte com o suporte de um consultor ou educador financeiro e até mesmo uma orientação jurídica. Além disso, também recomendo a realização de cursos relativos ao tema, pois apenas assim terá conhecimento para enfrentar qualquer imprevisto. Quando o crédito para empresas é uma boa alternativa? Existem várias situações em que a busca de crédito para empresas é interessante. Como exemplo, se pode citar o contexto em que a empresa quer investir no crescimento, realizar pagamentos de contas sem comprometer o capitar de giro e comprar equipamentos. São diversas frentes que podem levar a um empréstimo. Contudo, é importante saber buscar corretamente esses valores, sendo que existem opções bastante interessantes de crédito, como microcrédito ou o BNDES, com taxas de 12% ao ano, uma das mais baixas do mercado. Muitas vezes, é mais interessante buscar esse tipo de empréstimo para um projeto maior do que descapitalizar o negócio. Você pode ter dinheiro capitalizado nesse caso e buscar um crédito para alongar o valor que quer investir. Lembrando que o BNDES possui linhas até mesmo para o capital de giro das empresas. Hoje, o dinheiro para alavancar o negócio ou a produção é fundamental para se tornar mais competitivo, aumentando a rentabilidade. Às vezes, é preciso dessa capitalização para investimento, buscando um retorno posterior. Mas antes dessa captação de recursos, é preciso realizar uma projeção do que se está pegando hoje e multiplicar pelos juros que pagará, no qual o resultado deverá ser inferior ao retorno que se projeta; ou seja, quanto esse investimento aumentará a produtividade ou o preço de venda ou mesmo como esse investimento reduzirá os custos, por exemplo. Empréstimo deve ser planejados Buscar dinheiro não é problema e nunca será, contudo, o que não se pode é realizar essa prática nesse momento de crise sem nenhuma proposta de retorno ou de ação definida, pois isso pode levar a empresa a um endividamento descontrolado e a uma possível falência. “Muitos empresários ficam preocupados na hora de crédito para empresa, pois pode ser que a ação não dê certo, contudo, esse risco faz parte do negócio e ser um empresário é arriscar. Muitas vezes, essa decisão é necessária ao negócio, assim, se a ação não for tomada, o risco será maior ainda, pois, se não investir, poderá estar fora do mercado”, conta Irani Cavagnoli, consultor do Sebrae. Outro ponto para que crédito para empresas seja viável é quando o mesmo é tomado para arcar débitos anteriores com juros mais altos. Cito o exemplo de uma empresa endividada em seu cartão empresarial, cujos juros são exorbitantes; neste caso, se torna pertinente buscar juros menores, como um desconto de duplicatas, para arcar com o problema. O importante para uma empresa, antes de tomar um empréstimo, é ter uma estrutura financeira organizada, funcionando bem questões como fluxo de caixa, contas a receber e outros aspectos que possibilitam uma melhor tomada de decisões com antecedência. O que se precisa é planejamento para arcar com o compromisso. Feito isso, a obtenção de crédito para empresas pode ser um aliado na busca pelo crescimento.

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Categorias de base: formando bons profissionais

Quem conhece um pouco de futebol entende bem o termo categorias de base, essa é a prática nos esportes de ter crianças e adolescentes dentro de uma agremiação esportiva com o intuito de formar esses jogadores para que no futuro se tornem grandes profissionais. No esporte, esse investimento é muito importante para as entidades, rendendo ótimos retornos. Contudo, fazendo um paralelo ao mundo profissional, é claro que não se pode nem ao menos cogitar o uso de trabalho infantil, mas as empresas estão cada vez mais investindo em formar seus profissionais desde a base. Assim cria-se uma nova cultura organizacional, com pessoas mais qualificadas e adequadas às políticas de uma empresa. Essa contratação pode ser feita de algumas formas, mas as mais frequentes são os jovens aprendizes, estagiários ou trainees. Lógico que esse não é um processo simples, mas os resultados são muito positivos para todos, com as empresas ganhando em qualidade profissional e minimizando a necessidade de reconstruções e para os jovens ganhando experiência em um momento que a colocação no mercado é muito difícil. “Um dos principais custos de uma empresa geralmente está relacionado à folha de pagamento. Para piorar, contratar profissionais errados para qualquer cargo resulta em um grande custo para empresa. Já nos modelos de jovens aprendizes, estagiários ou mesmo trainees existe um custo menor, além da possibilidade de avaliação da real intenção de crescimento e qualificação, simplificando os resultados”, explica Celso Bazzola, diretor da Bazz Estratégia de Recursos Humanos. Como escalar seu time? Aprendiz O programa de Jovem Aprendiz é baseado na Lei 10.097/00, também conhecida como Lei de Aprendizagem. Ele visa capacitar jovens estudantes, entre 14 e 24 anos, para ingressarem no mercado de trabalho. O contrato com um aprendiz pode ter duração máxima de 2 anos e tem como base as regras trabalhistas previstas na CLT, mas nesse caso a alíquota do FGTS é de 2%. A carga horária é dividida entre o curso profissionalizante — que deve ser realizado em uma instituição qualificada — e a atuação na empresa, não podendo ultrapassar 8 horas diárias. Toda empresa com 7 funcionários ou mais é obrigada a contratar aprendizes de acordo com o percentual indicado legislação que varia entre 5% e 15% do total de colaboradores. Já para as micro e pequenas empresas, a contratação é facultativa. Para empregar estes jovens profissionais, a organização deve entrar em contato com instituições de ensino ou entidades que possuam um programa de aprendizagem. Estagiário Essa é uma forma de regime de trabalho para jovens que estejam cursando o ensino médio ou superior. Nesta modalidade de contratação, o estudante poderá colocar em prática o que aprende na teoria. A Lei classifica o estágio em obrigatório e não obrigatório: Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. O estagiário não cria vínculo empregatício com a empresa, sua admissão é feita com base na Lei de Estágio, que estipula prazo máximo de 2 anos em um mesmo empregador, exceto em caso de estagiário com deficiência. A carga horária máxima de estágio na empresa é de até 6 horas diárias e 30 semanais e a bolsa auxílio varia conforme a área de atuação. Existe também a previsão do recesso remunerado proporcional à razão de 30 dias a cada 12 meses de estágio. Qualquer empresa pode contratar estagiários, inclusive profissionais liberais de nível superior e que possuam registro em conselho profissional, tais como dentistas, advogados e arquitetos. Porém, a cota de estagiários na empresa deve respeitar o limite indicado na legislação vigente e varia de acordo com o quadro funcional exclusivamente para alunos do ensino médio regular. Para realizar o processo seletivo, geralmente, as organizações contam com empresas especializadas que fazem a mediação entre empregador e estudante e auxiliam em questões burocráticas da contratação. Trainee O trainee é um colaborador efetivo da empresa contratado via CLT. A diferença nessa forma de trabalho é que o profissional, recém-formado no curso superior, passa por um treinamento intenso dentro da organização para que possa se desenvolver e assumir uma posição gerencial. Normalmente, este tipo de programa é realizado por grandes empresas que buscam identificar jovens talentos com potencial e habilidade para se tornarem líderes. O processo seletivo é realizado por consultorias especializadas, pois é bastante concorrido e conta com inúmeras fases. Estas são as três formas de contrato com estudantes e jovens profissionais. Para escolher entre Jovem Aprendiz, estagiário ou trainee, é preciso analisar as particularidades de cada função e verificar qual delas é a mais adequada às necessidades e estrutura da empresa. Confirp colocou o time em campo São milhares as histórias de profissionais que foram benéficas para empresas e trabalhadores em função de programa de Jovem Aprendiz. A grande vantagem para o empregador, como dito, é ter um funcionário moldado às suas necessidades, criando uma relação de conhecimento e fidelidade. Na Confirp Consultoria Contábil, uma das principais empresas de contabilidade do país, os resultados são muito positivos. “Temos um histórico de sucesso em relação a contratação desses profissionais fato que se confirma em números”, conta Richard Domingos, diretor executivo da empresa. Um exemplo é o consultor trabalhista da Confirp, Daniel Raimundo dos Santos, ele conta um pouco sua história de sucesso: “Eu era do CAMP – Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro -, que prepara jovens para o mercado de trabalho. Depois de algumas entrevistas sem sucesso fui encaminhado para uma empresa de contabilidade na região do Jabaquara, fiz a entrevista e fui convidado a iniciar o trabalho em 1995, como auxiliar externo. Fiquei no departamento de expedição por quase dois anos, até que fui efetivado e recebi a oportunidade de ir para a área pessoal, onde iniciei meu grande aprendizado nas questões Previdenciária e de trabalho. De auxiliar cheguei a gerente do setor”, conta. Hoje, a empresa tem casos de áreas com cerca de 50% de seus profissionais tendo iniciado como aprendizes,

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