Se você se decepcionou com o valor da restituição do IR em 2025, saiba que é possível mudar esse cenário com algumas atitudes simples — e totalmente legais ainda neste ano. A restituição do Imposto de Renda não depende apenas do preenchimento da declaração em março ou abril, mas de um bom planejamento ao longo de todo o ano anterior. Neste artigo, você vai descobrir 6 passos práticos que podem ajudar a aumentar sua restituição do IR em 2026, evitando erros comuns e aproveitando melhor as deduções permitidas pela Receita Federal. Por Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Contabilidade Se você se frustrou com o valor da restituição do Imposto de Renda em 2025, saiba que não está sozinho — mas também não está de mãos atadas. A boa notícia é que é totalmente possível reverter esse cenário em 2026. A má notícia é que isso depende exclusivamente de você, e o momento de agir é agora. O que muitos não compreendem é que o valor da restituição não se define em março ou abril, quando começa o prazo para enviar a declaração. Ele se constrói ao longo de todo o ano anterior. Ou seja, se você quer receber uma restituição mais robusta no ano que vem, precisa começar a se organizar ainda em 2025. Como a Falta de estratégia pode reduzir sua restituição? A Receita Federal recebeu, neste ano, mais de 43 milhões de declarações — e mais da metade delas teve algum valor a restituir. Mas em muitos desses casos, o valor foi aquém do que poderia ser. Por quê? Falta de estratégia. E não estou falando de fórmulas mágicas ou manobras arriscadas, mas sim de planejamento fiscal consciente e legal, aliado à organização dos documentos e ao conhecimento das deduções permitidas. O erro mais comum: pensar no IR só na época da declaração Como diretor tributário, tenho visto ao longo de décadas de atuação que o grande erro das pessoas é só pensarem no Imposto de Renda quando a declaração já está batendo à porta. Isso limita muito o potencial de recuperação de valores — especialmente porque, quando deixamos tudo para a última hora, aumentamos os riscos de erros, omissões e perda de deduções importantes. Por isso, quero compartilhar algumas ações práticas que você pode adotar desde já, ainda em 2025, para garantir uma restituição mais vantajosa em 2026. 6 passos para aumentar sua restituição do IR em 2026 Passo 1: Organização é tudo O primeiro passo é manter a documentação em ordem durante o ano inteiro. Notas fiscais de serviços médicos e odontológicos, recibos de escolas, comprovantes de pensão judicial, doações — tudo deve estar bem armazenado. Isso evita o famoso “corre-corre” de última hora e, mais importante ainda, reduz as chances de erros que levem sua declaração à malha fina. passo 2: Antecipe o preenchimento da declaração Sim, é possível — e desejável — simular sua declaração antes mesmo do prazo oficial. Assim, você consegue avaliar com antecedência qual modelo (simplificado ou completo) é mais vantajoso, além de planejar ajustes e novas deduções ainda durante o ano. Passo 3: Invista em previdência privada, mas do jeito certo Muita gente investe em previdência achando que terá benefícios no IR, mas se esquece de um detalhe fundamental: só o modelo PGBL permite dedução de até 12% da base tributável — e isso vale apenas para quem também contribui para a previdência oficial (como INSS). Se for esse o seu caso, vale a pena considerar essa estratégia. Passo 4: Despesas dedutíveis: saúde, educação, pensão e… doações! Sim, doações também podem abater o imposto devido, mas é preciso fazê-las com critérios. Doações para fundos da criança e do adolescente, idosos, cultura e esporte são permitidas, desde que feitas dentro dos limites e com a opção pelo modelo completo da declaração. É uma forma inteligente de ajudar quem precisa e, ao mesmo tempo, reduzir sua carga tributária. Passo 5: Cuidado ao incluir dependentes Incluir dependentes pode parecer vantajoso, mas é preciso analisar com cautela. Os rendimentos deles serão somados aos seus, o que pode levá-lo a uma faixa maior de tributação. Por outro lado, despesas médicas desses dependentes podem gerar bons abatimentos. Avalie caso a caso. Passo 6: Profissional autônomo? Use o livro-caixa Se você é profissional liberal ou autônomo, pode deduzir integralmente diversas despesas relacionadas ao exercício da atividade — como aluguel do escritório, contas de luz, telefone, material de consumo, entre outras. Mas, para isso, o controle precisa ser rigoroso e contínuo, com tudo devidamente registrado no livro-caixa. Restituição do IR maior exige planejamento contínuo Em resumo, aumentar sua restituição não é questão de sorte: é questão de planejamento. E esse planejamento começa muito antes do prazo da entrega da declaração. Se você quer, de fato, pagar menos impostos ou recuperar mais do que pagou, a hora de agir é agora. Coloque seu Imposto de Renda no radar o ano inteiro. Com organização e orientação adequada, você transforma a frustração da restituição baixa em satisfação no próximo ano. Conte com profissionais qualificados e cuide da sua vida fiscal com a atenção que ela merece. Afinal, seu bolso agradece. Veja também: Regime Tributário: Receita Federal Exige Escolha Antecipada na Abertura de Empresas Transação Tributária PGFN 2025: Regularize Dívidas Federais com Descontos e Condições Facilitadas Errou na Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física? Saiba como corrigir e evitar a malha fina