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Empresas do lucro real poderão utilizar prejuízos em dívidas

Uma boa notícia para as empresas do lucro real com débitos tributário é que o Governo Federal já regulamentou o artigo 33 da Medida Provisória nº 651/2014, que permite a utilização de prejuízo fiscal para quitação antecipada de parcelamentos federais.

Assim, com as regras claras, fica definido que as empresas do lucro real poderão utilizar créditos próprios decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para a quitação antecipada de saldos de parcelamentos de tributos vencidos até dia 31 de dezembro de 2013, junto à Receita Federal e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

“É uma ótima notícia para essas empresas, contudo, é importante que se esteja atento às regras desse benefício do Governo, para ver se realmente se tem a possibilidade de arcar com as condições estabelecidas”, conta o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

A quitação antecipada de parcelamentos que contenham débitos vencidos está condicionada ao cumprimento do pagamento em dinheiro, até o dia 28 de novembro deste ano, o valor equivalente a, no mínimo, 30% (trinta por cento) do saldo devedor de cada modalidade de parcelamento a ser quitada. Além disso, deve ser feita a quitação integral, do saldo remanescente do parcelamento mediante a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL, na mesma data.

Um ponto importante ressaltado por Domingos é que é vedado o pagamento parcial de saldos de parcelamentos. Assim, nos casos nos quais os créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base negativa da CSLL sejam insuficientes para quitar os saldos de parcelamentos, a diferença deverá, obrigatoriamente, ser quitada em sua totalidade. Outro ponto importante é que de parcelamentos federais que contenham débitos vencidos neste ano não poderão utilizar esse benefício.

Cálculos

Para a realização dos cálculos poderão ser utilizados os créditos próprios de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL apurados até o fim de 2013 e declarados à Receita Federal até 30 de junho deste ano, sendo que o valor do crédito a ser utilizado será determinado com a aplicação das alíquotas de 25% e de 9% sobre o montante do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSLL.

Como dito anteriormente, o pagamento mínimo em dinheiro é de 30% e a quitação antecipada dos parcelamentos será formalizada mediante apresentação do requerimento, até o dia 28 de novembro de 2014, na unidade de atendimento integrado da Receita do domicílio tributário do contribuinte

Para quem quiser utilizar esse crédito para pagamento do parcelamento do Refis da Copa (caso já tenha aderido), deverá quitar até o dia 28 de novembro a antecipação de 5%, 10%, 15% ou 20% previsto no programa. É que os 30% incidem sobre o saldo do parcelamento, após descontada a antecipação.

Quitação

Para todas as empresas que aderirem ao programa, a quitação será formalizada mediante apresentação do RQA (Requerimento de Quitação antecipada), até o dia 28 de novembro de 2014, na unidade de atendimento integrado da RFB e da PGFN do domicílio tributário do contribuinte.

O RQA deverá ser:

a) precedido de adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), a ser realizada no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) da RFB;

b) formalizado em modelo próprio, conforme o órgão que administra o parcelamento, em nome do estabelecimento matriz, pelo responsável perante o CNPJ;

c) apresentado em formato digital, assinado eletronicamente e autenticado com o emprego de certificado digital.

Pagamento suspenso

Outros pontos bastante relevantes, destacados pelo diretor da Confirp, são que o requerimento do contribuinte suspende a necessidade do pagamento das parcelas até a análise dos créditos pleiteados. Nesse período o contribuinte poderá obter a certidão positiva com efeitos de negativa, desde que não existam outros impedimentos à sua obtenção.

O prazo para análise dos créditos indicados para a quitação será de 5 anos e na hipótese dos créditos não serem aceitos, no todo ou em parte, haverá 30 dias para que se faça o pagamento à vista do saldo remanescente do parcelamento, observando-se que a falta do pagamento de implicará rescisão do parcelamento e prosseguimento da cobrança dos débitos remanescentes, conforme lei de regência do parcelamento.

Fonte – Gestão in Foco

 

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Dentre eles estão: Sheldon Adelson, o líder bilionário da Las Vegas Sands Corporation; S. Daniel Abraham, da Thompson Medical Company (empresa que fabrica e comercializa os produtos Slim-Fast); Anne Mulcahy, Diretora Executiva da Xerox; Richard M. Schulze, da Best Buy; e Philip H. Knight, da Nike. S0284-01 (Best Business). E qual o diferencial dessas pessoas? Perceber que o sucesso do negócio não tem muita relação com o momento do mercado, mas sim em suprir as necessidades das pessoas. Sempre existirão demandas de mercado, por isso que é fundamental que os empreendedores percebam as necessidades de seus clientes em relação ao seu ramo e potencializem sua oferta para suprir essa demanda, isto é, se aprimorar como vendedor. É nessa hora que o vendedor que existe dentro de todos deve ser potencializado, como aponta a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano: “Seja sempre vendedor, eu sou vendedora. A minha família é vendedora. Eu não tenho vergonha de dizer isso. Comecei a trabalhar no varejo aos 12 anos, porque queria comprar presente de Natal para as pessoas de quem eu gostava. Com o dinheiro das comissões, eu consegui. Todo mundo que trabalha vende algo para alguém. No Magazine Luiza, durante cinco anos, todo mundo tinha o cargo de vendedor no crachá. Isso é motivo de orgulho e não de vergonha.” E esse é o problema de muitos empreendedores, eles não perceberam que são eles que fazem realmente seus negócios crescerem, muitas vezes, ficam tão focados nos números que esquecem de avaliar o que estão oferecendo para clientes e como isso está sendo feito. É preciso que o empreendedor aprimore sua equipe para que ela saiba vender, entenda o produto e principalmente as necessidades do cliente. “Em épocas de crise, o essencial é enxergar quais são as deficiências do mercado, os pontos mais críticos e investir em soluções para conseguir se destacar. 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De acordo com o estudo, quase metade dos softwares instalados aqui não são licenciados, já que o índice de pirataria chegou a 47%. Conduto houve redução de três pontos percentuais sobre o registrado para o país na edição anterior da pesquisa. Ao observar esses números, muitos empresários devem pensar: “ainda bem que minha empresa não faz parte desses índices!”. Mas aí está uma afirmação que pode ser ingênua. O levantamento também mostra que, muitas vezes, os gestores das empresas simplesmente ignoram irregularidades existentes. Muitos CIOs (Chief Information Officer, profissionais responsáveis pelo TI) simplesmente não sabem quantos softwares estão sendo instalados na rede de suas empresas. Os CIOs estimam que 15% de seus funcionários carregam software na rede sem o conhecimento da empresa, enquanto quase o dobro dessa porcentagem de trabalhadores dizem que estão carregando software na rede que a empresa não conhece. 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Riscos legais Muito além dos riscos de invasão e vírus, a utilização de softwares não registrados não é legal. “O software no Brasil é regulado pelas Leis 9.609/1998 e 9.610/1998 e as empresas têm que conhecer essa legislação, pois usar programa de computador ou reproduzir qualquer direito autoral sem autorização é crime”, explica Rosa Maria Sborgia, advogada, agente da propriedade intelectual e sócia da Bicudo Marcas e Patentes. Ela explica que a pirataria que consiste na cópia não autorizada de software original protegido pelo regime legal de direitos autorais é, em regra, praticada em diferentes formas. 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O que levar em consideração na hora de contratar uma linha de crédito para sua empresa  Ainda que não haja crise, há desafios que precisam ser superados para que as empresas conquistem uma linha de crédito de qualidade e identifiquem oportunidades compatíveis com a realidade de suas finanças. Dentro dessa sutil equação, é importante que as corporações considerem desde fatores como o relacionamento bancário construído com uma instituição financeira — que pode abrir mais janelas para a tomada de empréstimos empresariais com condições vantajosas — até a capacidade de mapear outras oportunidades, ponto que hoje pode ser otimizado a partir da intermediação de empresas especializadas. Preparando a jornada na busca por crédito empresarial “Para que tudo isso seja possível, é premente que haja também visão estratégica e planejamento por parte das empresas e de seus respectivos diretores financeiros. 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