Gestão in foco

13 passos para aumentar o lucro de seu negócio

O tão sonhado lucro, esse é o objetivo final dos negócios, contudo, ele pode ser muito complicado de se atingir. O maior problema é a falta de organização, por isso é preciso muita atenção.

Lucro, em sentido amplo, é todo ganho ou vantagem obtida. No campo mais estrito da economia, é o retorno positivo de um investimento, deduzido dos gastos que este exigiu. Assim, não é só gastar menos que faz com que uma empresa aumente o lucro, como pensa a maioria dos administradores que estão iniciando um negócio, existem diversas outras ações que levam ao sucesso.

A Revista Gestão in Foco fez o levantamento de outros pontos que podem potencializar os lucros:

Parágrafo excluído, pois estava duplicado.

1 – Venda Mais

Estamos no meio do furacão gerado pela grande revolução tecnológica, nas empresas, a área comercial é um dos que enfrentam mais novidades – seja para o bem, seja para o mal. Transações comerciais sempre passam por modificações, e Luciano Giarrochi, CEO da Itibam deu algumas orientações para se adequar à realidade:

  • Crie processos na área comercial. Muitas atuavam de forma empírica, hoje, as empresas estão se preocupando muito mais com esse tema, planejando, criando e implementando processos comerciais, com o objetivo de padronizar as atividades e permitir que tudo seja mapeado e melhorado constantemente.
  • Se adeque às novas tecnologias e novos termos – a internet veio para revolucionar as vendas, assim, se atente a esse mercado. Também ganharam força terminologias diferentes, relacionadas às vendas. Dentre elas, se destacam ferramentas de automação de fluxo de prospecção, softwares para gestão comercial, plataformas etc.
  • Garanta uma boa experiência de compra. Proporcionar bons sentimentos para um cliente é fundamental para o sucesso de uma operação. Exemplo é que existe uma preocupação muito grande em executar uma venda consultiva, mas a realidade é que pouca gente realmente sabe o que é isso.
  • Capacite seu vendedor – para uma boa venda, o que potencializa resultados é o quanto o vendedor entende do negócio do cliente e o quanto ele consegue extrair e entender sobre a sua realidade, suas dores, suas necessidades e como o produto ou serviço pode servir de remédio para resolver e ajudar tais dores.
  • Entenda o cliente – busque uma boa relação fidelizando o cliente. Como? Perguntando, investigando e se conectando com ele. Lembre-se: muito dos resultados de vendas vêm de um planejamento bem estruturado e bem executado.

2 – Definição de preço

“Uma empresa não cresce se não sabe o real valor de seu produto. O primeiro princípio é que esse deve cobrir o custo direto da mercadoria, produto e/ou serviço, somado às despesas variáveis (por exemplo, comissões de vendedores), às despesas fixas (como aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore), tributos incidentes na operação e, principalmente, a margem de lucro esperada”, explica o diretor da Avante Assessoria Empresarial, Benito Pedro Vieira Santos.

Para definir o preço de venda de um produto e/ou serviço, segundo o Sebrae, o empresário deve considerar, além do aspecto financeiro visto acima, o aspecto mercadológico (externo). Por esta visão, o preço de venda deverá estar em sintonia com o praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e qualidade. Fatores como conhecimento da marca, tempo de mercado, volume de vendas já conquistado e agressividade da concorrência também exercem influência direta sobre o valor do produto.

Se o preço ditado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos internos da empresa, o empresário deve refazer os cálculos financeiros para avaliar a viabilidade da sua prática. Em outras palavras, para equilibrar o preço de venda, a empresa deve diminuir custos diretos, despesas fixas ou ainda aceitar um lucro líquido menor.

Calculando preços

Para calcular a previsão de vendas de produtos/serviços, a empresa deve seguir algumas alternativas: com base nas informações internas, analisar o comportamento das vendas realizadas em um determinado período e projetá-la para o mesmo período seguinte. Alguns aspectos podem interferir nessa projeção, como concorrentes, novos produtos, novos hábitos dos consumidores e eventos especiais, tais como festas, Olimpíadas, eleições, Copa do Mundo etc.;

Por meio de pesquisas de mercado, realizar um estudo da demanda de mercadorias/produtos/serviços que poderia ser atendida pela empresa. Variáveis externas, como população, atividade econômica, situação política, nível de renda e emprego, concorrência, novos produtos etc., devem ser consideradas.

3 – Aprenda a cobrar

Saber cobrar é também parte de uma venda e, por incrível que pareça, é um ponto que muitos se esquecem em vendas. Mas, mesmo não sendo interessante e não agradando ninguém, é preciso cobrar, como explica Benito Pedro Vieira Santos, e para isso é preciso ter disciplina, persistência e organização. Veja pontos para uma cobrança de sucesso:

  • Tenha tudo organizado e crie um cronograma de cobranças – sabendo quando venceu, quanto deve cobrar, qual o valor da multa, dos juros, vincular e desvincular o boleto da cobrança e a nota fiscal da venda ou do serviço prestado.
  • É interessante ligar para o cliente que está devendo já no dia seguinte ao vencimento informando que não identificou e pedindo ajuda para localizar o pagamento, pois o banco pode ter se confundido e então peça, por favor, para que ele envie o comprovante de pagamento.
  • Após 03 dias de vencimento é preciso contatar o cliente e indagar do pagamento, explicando a necessidade em ter o dinheiro por ter compromissos a honrar. Não esqueça de enviar um e-mail para reforçar a ligação, cobre do cliente, com delicadeza, uma data de pagamento e pergunte se ele pode fazer uma transferência naquele dia.
  • Atraso prolongado – quanto mais dias em atraso o título permanece, menor a chance de convertê-lo em dinheiro no curto prazo, por isso, passado uma semana do vencimento é hora de analisar com superiores quais iniciativas de suspensão dos serviços ou cobrança mais enérgica serão tomadas para recuperar os valores – assim crie procedimentos padronizados.
  • Quando um cliente está na posição de inadimplente contumaz, dever uma ou mais faturas não fará diferença para ele. O gestor deve trazer esse cliente o mais rápido para adimplemento para evitar o desligamento do mesmo e até medidas administrativas e judiciais para cobrança do débito, que só ampliará ainda mais suas chances de não receber.
  • Findadas todas as possibilidades, é hora de acionar o departamento jurídico e suspender o fornecimento de produtos e serviços.

4 – Contratar bem

Segundo Celso Bazzola, especialista de recursos humanos de sócio da Bazz Gestão de RH: “um dos maiores gastos das empresas está relacionado às contratações. Os custos são altos e os erros podem ser fatais para a estrutura do negócio. Assim, se pode afirmar que contratar bem é sinônimo de lucro. No mínimo na redução de custos com demissões, treinamentos, recrutamentos e seleção desnecessária, afinal são custos invisíveis que consomem tempo e dinheiro”.

Mas como contratar? Bazzola explica:

Faça um planejamento – Antes de qualquer contratação é preciso planejamento, com a definição clara do perfil a ser selecionado, as formas e locais para identificar os profissionais também contribuem para o sucesso.

Entenda qual é o funcionário que deseja – busque por um profissional que atenda às reais necessidades da empresa, deixando claro o que se espera deste, além de criar políticas bem definidas de remuneração fixa, variável e benefícios. A visão e cultura deve ser para o total cash e não apenas o salário mensal.

Tenha processos seletivos com regras claras – é fundamental para empresa definir bem seu processo seletivo. Avalie se haverá entrevista, prova e como serão feitas. Uma análise criteriosa é fundamental nesse momento.

Envolva os líderes – a pessoa que será o gestor do contratado tem que participar ativamente desse processo, necessitando avaliar se existem reais capacidades e até mesmo afinidade com o contratado.

Pesquise em buscadores – isso mesmo, hoje essa é uma facilidade e pode ser usada. Muitas vezes em pesquisas você poderá observar características que escapam na hora da entrevista e até mesmo problemas mais graves.

O barato sai caro – não é só porque o salário pedido é baixo que a pessoa se enquadra. Essa pessoa irá representar sua marca, assim, se preocupe em ter pessoas que realmente agreguem.

5 – Benefícios adequados

Além de contratar bem é preciso reter e equalizar os custos nos oferecimentos de benefícios para os colaboradores, segundo Cristina Camillo, sócia da Camillo Seguro, trabalhar benefícios de forma inteligente pode ser sinônimo de lucro para uma empresa.

Vantagens em se pagar benefícios – A escolha ideal de benefícios aos colaboradores afeta diretamente no rendimento dos mesmos. Colaboradores tranquilos e amparados pelo empregador e sinônimo de motivação e melhores rendimentos. O lucro pode estar ligado a retenção de talentos, ganho de tempo e credibilidade, assim os benefícios podem ser uma forma de viabilizar tudo isso.

Quais são os mais comuns – pela lei, são obrigatórios apenas o FGTS, vale-transporte, Férias e o Décimo terceiro salário. Mas, temos também alguns opcionais como vale-alimentação e vale-refeição, assistência médica, vale-cultura, plano odontológico, auxílio-creche, bolsa de estudo e horário flexível.

Veja benefícios pagos por concorrentes – uma boa alternativa para quem quer escolher os benefícios é fazer um estudo do que os concorrentes estão pagando para não deixar que sejam muito acima dos que sua empresa oferece, pois será uma forma de não perder colaboradores;

Vale lembrar que os benefícios são uma forma de retenção de talentos, assim, além de oferecer, é importante que tire destes as melhores vantagens, principalmente demonstrando de forma real o que se oferece e que isso não é uma obrigação, mas um diferencial.

Para definir os benefícios corretos é preciso entender as necessidades e anseios da equipe de colaboradores, o que necessariamente passa por uma avaliação conjunta sobre quais são mais desejados para determinados grupos, isto os tornarão validados e valorizados pela equipe. Por exemplo, oferecer cesta de alimentação para cargos de diretores pode não ser interessante.

6 – Focar no negócio, terceirização pode ser a solução

Em períodos de crise, se torna necessário avaliar todas as possibilidades e ferramentas que o mercado oferece para baixar os custos da uma empresa. Não adianta mais tratar as finanças com amadorismo, por isso, a alternativa de terceirização de serviços deve ser um ponto a ser levado em questão.

“A decisão vai muito além dos custos, sendo uma das principais vantagens da terceirização de serviços o fato da contratante da mão-de-obra conseguir focar seus esforços no core business da empresa, deixando a cargo da contratada todas as responsabilidades que envolvem a prestação de serviços”, conta o diretor da GB Serviços Profissionais, Gabriel Borba.

O diretor da GB Serviços elencou alguns dos benefícios que ele observa no processo de terceirização:

  • Escalabilidade do prestador de serviço proporciona menor custo e maior qualificação
  • Eliminação de vínculo trabalhista
  • Elimina gerenciamento de mão-de-obra
  • Evita processo de recrutamento e seleção de pessoal
  • Treinamento técnico e comportamental
  • Cobertura em caso de férias ou afastamento médico
  • Eliminação de custo imobilizado
  • Cobertura e substituição de funcionários em até duas horas
  • Tecnologia aplicada por quem precisa de mais qualidade, menor preço e eficiência
  • Ter alguém realmente responsável por tarefas que jamais teria um gerente/supervisor
  • Não ter dependência de pessoa

“Se compararmos o custo da empresa terceirizada com o custo anual a mais da estrutura que um funcionário orgânico demanda, você chegará nesta conclusão, o que acontece muito é a comparação do custo mensal do funcionário orgânico com a fatura mensal/anual da empresa terceirizada, esta comparação no primeiro momento torna a terceirização mais cara, mas não é a verdade”, explica Gabriel Borba, da GB Serviços.

Assim sendo, deve-se analisar a viabilidade de se terceirizar tudo aquilo que não é atividade fim da empresa, buscando a eficiência em todos os processos.

7 – Prevenção trabalhista

Minimizar riscos trabalhistas pode ser sinônimo de lucros? Pode parecer estranho, mas para o sócio da Boaventura Ribeiro advogados isso faz sentido.

“É imprescindível que todas as empresas mantenham ativamente um controle sobre seu passivo trabalhista, e a adoção de procedimentos claros com formulação de regras e diretrizes, elaboração de regulamento empresarial, implantação de políticas de postura e relacionamentos com os empregados. Seguramente terá o condão de reduzir drasticamente a quantidade de demandas trabalhistas e, sobrevindo esta, terá a empresa elementos importantes para elaboração de sua defesa. Infelizmente, por incrível que possa parecer, muitos gestores e líderes ainda adotam postura extremamente paternalista nas relações de trabalho.

Primeiro passo, melhor prevenir do que remediar – empresas que não mantém mecanismos de controle e/ou políticas de treinamento, estarão fadadas a maiores riscos, brincadeiras, apelidos, repreensão de colaboradores perante outras pessoas, podem, por exemplo, após o desligamento do funcionário gerar ação de indenização por dano ou assédio moral.

Veja outros pontos:

  • Possuir regras claras e aplicáveis
  • Plano de treinamento de liderança periódico
  • Sistema de controle claro e objetivo
  • Regras justas e que estejam à mostra e aplicáveis
  • Acompanhamento individual de cada colaborador
  • Demitir muitas vezes é mais barato, não ter medo de demitir, mas nunca coagir buscando economia em rescisão

O especialista conta que são muitos os riscos que podem levar dinheiro de uma empresa. Muitas vezes nos deparamos com profissionais totalmente desmotivados para o trabalho, e tal fato pode estar ligado a diversos fatores, se tomarmos, por exemplo, apenas os “fatores internos” ou seja aqueles relacionados ao trabalho, poderemos listar, falta de condições e asseio do ambiente de trabalho, falta de possibilidade de ascensão profissional, assédio por parte dos gestores e colegas de trabalho, dentre outros, tal tipo de insatisfação, em última análise irá gerar prejuízos empresa.

A relação humana envolve sentimentos em demasia, esses podem desencadear problemas futuros. Por isso a empresa tem que se posicionar de maneira mais analítica, não postergando decisões ou empurrando as mesmas para os colaboradores (forçar demissão ou não dispensar no momento por sentimento de pena do empresado). Esse tipo de postura invariavelmente será apresentado em forma de conta no futuro para a empresa. Seja justo e correto no momento certo, assim evitará contingências desnecessárias para sua empresa.

8 – Eficiência tributária

Tributação pode responder por cerca de 34% dos ganhos de uma empresa. Assim, é imprescindível que se ajuste esse ponto para diminuir custos e aumentar o lucro. Segundo Horácio Villen, para tanto é preciso organização.

“É fundamental o planejamento tributário para uma empresa, uma vez que ele vai possibilitar a redução de custos, além de evitar prejuízos financeiros para a empresa. Mas com um sistema complexo e cheio de exceções, é natural que muitos gestores desconheçam o melhor caminho para uma gestão fiscal eficiente”.

Horácio explica que o primeiro passo é optar pelo regime de tributação mais benefício, dentre os existentes: Lucro Real, Presumido ou Simples. A partir destes ver as possibilidades de adequação a cada um.

Escolher o local tributariamente mais benéfico para se instalar e operar também é uma forma lícita de buscar economia fiscal. Apesar das limitações previstas na legislação (alíquotas e bases de cálculo mínimo e máximo), há diversos Estados e Municípios que conseguem incentivos fiscais que podem ser determinantes para o sucesso de seu negócio.

O planejamento tributário deve ser visto como elisão fiscal, entendido como a adequação da empresa ao formato mais vantajoso de pagamento de tributo, sem cometer ilegalidade, e coordenado por profissional apto traz somente benefícios às empresas.

“Em nosso querido Brasil, a insegurança jurídica e as mudanças permanentes na interpretação da legislação fiscal desencadeia muitas vezes em descobrir que foram pagos impostos a mais em um determinado período, não por erro, mas sim por mudança de interpretação da legislação pelo próprio governo ou pelo judiciário, é o caso do PIS e Cofins sobre o ICMS”, explica Horácio Villen.

Nessas ocasiões há a possibilidade de recuperar esses tributos para aumentar lucros, quer seja por meio de medida judicial ou simplesmente administrativa. Contudo, tal procedimento deve ser tomado com cautela, sempre atento aos riscos envolvidos e inerentes a tais reinvindicações.

9 – Gestão de Ativos

A dúvida sobre como a gestão dos ativos irá impactar no lucro de uma empresa é grande, mas pense, quais os gastos administrativos existentes? Quando falamos de ativos estamos falando de todos os bens e direitos de uma empresa. Com uma visão contábil, temos os ativos circulantes (caixa, capital de giro, estoques) e os ativos não circulantes (imobilizado, intangíveis, investimentos).

“A movimentação dos ativos circulantes reflete diretamente no fluxo de caixa e os resultados da empresa. Normalmente as empresas têm algum tipo de controle sobre este grupo, pois qualquer variação impacta diretamente o seu resultado”, explica Fernando Mello, sócio da Saraf, empresa especializada em gestão empresarial.

Contudo ele faz um alerta, que é o fato de que muitas empresas não observam e não têm nenhuma gestão sobre o grupo de ativos não circulantes e aqui, mais especificamente estão os ativos imobilizados.

“Os imobilizados, ou ativos fixos, como também são conhecidos, são todos os bens tangíveis adquiridos pelas companhias com o objetivo de gerar benefícios futuros para a empresa. São os terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos, mobiliários, informática, veículos, ou seja, todos os bens que possibilitam que a empresa ofereça produtos ou serviços para o mercado, o que vai gerar as receitas necessárias que que o negócio prospere”, alerta Fernando Mello.

Fazer a gestão dos ativos, ou implantar o controle patrimonial, permite à empresa medir o retorno de seu investimento com mais segurança, melhorar o seu planejamento tributário, reduzir perdas com desvios e prejuízos por obsolescência.

A pergunta que fica é: como ter um controle adequado? O sócio da Saraf responde:

  • Realizar um inventário completo dos ativos da empresa
  • Implantar normas e procedimentos de gestão dos ativos conforme a operação do negócio
  • Divulgar as normas da empresa para todos os departamentos envolvidos com o controle do patrimônio
  • Educar os colaboradores com a nova cultura da empresa, incentivando o senso de dono
  • Utilizar a tecnologia e instalar softwares para o controle patrimonial, caso o ERP da empresa não tenha um módulo específico
  • Nomear uma equipe especializada e focada na gestão patrimonial, com recursos próprios ou terceirizados
  • Implantar rotinas operacionais com fechamentos mensais para reporte à diretoria como direcionador para decisões estratégicas

Ao ter conhecimento de tudo que possui, se torna mais simples ações inteligentes como a criação de regras para aquisição de novos ativos, diminuindo as despesas e agregando valor patrimonial à empresa; monitoramento das depreciações para um planejamento tributário mais eficiente; possibilidade de recuperação de créditos tributários na aquisição de novos ativos imobilizados, assim como verificar se existe a possibilidade de recuperação sobre os imobilizados adquiridos nos últimos 5 anos.

Além disso, a empresa pode fazer a geração de receita com venda de ativos obsoletos ao negócio e realizar a avaliação patrimonial para mensurar o real valor da empresa, facilitando a aquisição de financiamentos, gerando mais segurança na determinação de valores para seguros e demonstrativos financeiros corretos para os sócios e futuros investidores.

10 – Processos produtivos eficazes

O objetivo final de uma empresa deverá ser a existência de lucro e para isso são necessários processos produtivos realmente eficazes. A primeira dimensão a ser analisada é a capacidade de investimento, com base em um bom projeto e que defina claramente o resultado que se pretende alcançar.

A análise dos competidores e a análise do mercado consumidor não só devem influenciar no estabelecimento dos objetivos financeiros, como também no projeto dos sistemas produtivos apropriados.

“O sucesso está justamente no estudo de um projeto adequado, passando pela definição do que queremos ter em uma empresa, quanto vamos vender e se alguém faz melhor e/ou mais barato que nós. Não devemos ter apego emocional. Se alguém faz melhor e é economicamente mais viável, terceirizar é o caminho”, indica o diretor da Avante Assessoria Empresarial, Benito Pedro Vieira Santos.

Veja algumas dicas que poderão ajudá-lo nesse caminho:

  • Medir os resultados obtidos
  • Comparar com o projetado
  • Planejar ações de melhoria
  • Implantar as ações planejadas
  • Repetir o ciclo constantemente

Por fim, avaliar constantemente plataformas e matrizes de trabalho (como máquinas, equipamentos e softwares) pode ter um impacto direto na produtividade.

11 – Invista em tecnologia

Segundo o especialista na área de TI, Marco Lagoa, da Witec IT Solutions: “Não há dúvidas de que a tecnologia da informação promoveu um grande impacto nas organizações, principalmente para as funções que envolvem planejamento, organização, liderança e controle. Afinal, o propósito básico da TI é permitir que a empresa alcance seus objetivos, com a tomada de decisões pautada em informações integradas, de fácil acesso e localização”.

Com um maior número de empresas no mercado e público cada vez mais informado, a tecnologia começou a ser utilizada para transformar a realidade das empresas, uma vez que quando bem usada, torna-se um diferencial competitivo.

Seu uso promove o aumento da precisão organizacional, auxilia a gestão e, por meio de sistemas de informação, traz maior eficiência na administração de processos e obtenção de resultados previamente estabelecidos.

Benefícios da TI para as organizações:

Melhora na comunicação – dá aporte tanto para a comunicação interna, quanto externa. Serviços de e-mail, sincronização de agendas, organização e classificação de mensagens, aplicativos de mensagens instantâneas e videoconferência, são algumas das ferramentas que contribuem para o dia a dia das empresas.

Aumento da produtividade – otimização de rotinas e processos, automatização de informações, consequentemente, gerando para a equipe ganho de rendimento.

Relacionamento com clientes – mapear público, promover ações de marketing, captar informações dos clientes para manter contato ou comunicar sobre novas promoções e itens que se enquadrem dentro de seu perfil, são algumas das ações de relacionamento proporcionadas pela TI.

Segurança da informação – o investimento em segurança da tecnologia da informação garante a proteção dos dados da empresa e clientes. Além disso, possibilita a realização de backup e recuperação desses dados, caso haja alguma invasão.

Disponibilidade de dados – com esse serviço, os gestores conseguem ter acesso às informações e dados a qualquer momento e lugar. Isso possibilita que o ambiente seja integrado, acessível e eficaz.

Cada vez mais a área de T.I está inserida na realidade das organizações interferindo diretamente nos resultados que elas alcançam.

As ferramentas disponibilizadas pela tecnologia, aumentam a capacidade de trabalho contribuindo para o desenvolvimento das empresas e ganhos de vantagens competitivas.

 12 – Incentivo fiscal para turbinar a tecnologia

A Lei do Bem pode ser uma aliada do negócio. Empresas inovadoras sempre contam com a tecnologia como aliada, seja ela no campo físico ou psíquico. Assim, uma empresa que pretende inovar, criar produtos tecnológicos, mas não tem caixa para tal, pode utilizar esse artifício.

“Investir em tecnologia é também desenvolver pessoas, pois são elas que criam ferramentas e “braços” para a área tecnológica. Quando se detém um capital intelectual, que cria e auxilia no desenvolvimento de tecnologias para a empresa, isso pode acarretar em produtos exclusivos ou altamente competitivos e consequentemente rentáveis. Investir em tecnologia dentro de uma empresa é muito mais que comprar ou desenvolver equipamentos. É investir em pesquisa e desenvolvimento, que esconde por trás o elemento de maior valor neste processo: o capital humano”, explica Camila Favett.

A Lei do Bem é um decreto nº 5.798 de 2006, que viabiliza que empresas inovadoras possam obter um benefício em valores financeiros para o caixa da empresa. Os pré-requisitos para que a empresa possa participar da Lei do Bem são:

  • Estar no regime tributário do Lucro Real
  • Ter fechado o ano base com lucro e realizado pesquisa, desenvolvimento e inovação

Mas, quais benefícios se enquadram? Em linhas gerais, as atividades de inovação passíveis de receber incentivos fiscais são: pesquisa para o desenvolvimento e inovação, cooperação da empresa com universidades, instituições de pesquisa, micro e pequena empresa ou inventor independente, contratação de pesquisadores, patentes, aquisição de novas máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados à inovação. Também a realização de trabalhos com o objetivo de produzir novos materiais, produtos, dispositivos, processos, sistemas e serviços ou melhorar consideravelmente os que já existem.

O benefício visa um desconto na base do Imposto de Renda e com isso a empresa pode reinvestir o valor em Centros de P&D, desenvolver pesquisadores e com isso gerar novos produtos de alta competitividade no mercado.

Com a Lei do Bem podem ser feitos investimentos em pesquisas em um modo geral:

  1. – Contratação de capital humano qualificado (pesquisadores)
  2. – Investimento em tecnologia de ponta para otimizar processos
  3. – Criação ou aprimoramento em Centros de PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação)
  4. – Compra de equipamentos exclusivos, com redução de IPI em 50%, para os Centros de PD&I
  5. – Busca por elementos inovadores dentro e fora do país (viagens, insumos, conferências)

“O benefício pode ser de 60% a 80% (dependendo se o número de pesquisadores aumenta de ano a ano dentro da empresa), e o cálculo dos percentuais são feitos somente sobre valores gastos com pesquisa e desenvolvimento e não no todo que será cobrado em Imposto de Renda”, explica Favett.

13 – Aplique seu capital com inteligência

Feito tudo isso, é possível aumentar ainda mais o lucro, mas para isso é preciso estruturar o processo de investimento desses valores.  Carollyne Marianno, sócia da Redoma Investimentos, explica que “é importante sempre ser muito cuidadoso e zeloso quando se trata de investimentos de Pessoa Jurídica, entendendo qual é a liquidez necessária, qual é o perfil de risco (de modo geral, por se tratar de caixa, o perfil é conservador) e então definir os produtos a serem investidos”.

Ela acrescenta que por se tratar de uma gestão de caixa, é muito importante saber exatamente quais são os riscos do produto investido. É importante entender que a Renda Fixa (CDB, LCI, LCA, LC e Poupança) são aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito, para aplicações até R$ 250 mil por emissor e por CPF/CNPJ, já os investimentos em Fundos não contam com qualquer garantia, pois o risco desse tipo de produto são os ativos que o fundo investe. E é importante também entender a tributação de cada produto, por exemplo, a LCA e LCI são investimentos isentos de imposto de renda apenas para Pessoas Físicas.

Em geral, o Gerente Financeiro que cuida dessa célula precisa ter cuidado em investir e manter dinheiro para ter fluxo de caixa. Para isso, a sócia da Redoma explica que existem produtos com liquidez diária que não comprometem o fluxo de caixa. Caso o investidor tenha um fluxo mais folgado, é possível melhorar a rentabilidade em produtos sem liquidez, ou seja, com vencimentos em 30-90 ou 120 dias.

Enfim, com todos os pontos apresentados se observa que buscar o lucro de uma empresa não depende de uma ação única. É possível criar várias estratégias para essa finalidade, mas todas passam por gerir bem e ter conhecimento.

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Estratégia de Marketing – Vídeos para Redes Sociais

Os vídeos estão tomando conta de nossas vidas. É cada vez mais comum vermos produtos audiovisuais no nosso cotidiano, seja na vida pessoal, seja no mundo empresarial. Assim, produzir esse tipo de conteúdo também vem ganhando grande relevância. Mas até que ponto essa estratégia é correta? “A preferência dos usuários pelos vídeos tem aumentado, inclusive no marketing de conteúdo, e isso ocorre por uma série de fatores. Entre eles, podemos destacar a variedade de opções de conteúdos que é possível encontrar na internet, a facilidade de acesso, a identificação com o influenciador ou com o assunto e a linguagem utilizada. Com isso, várias plataformas e, principalmente, redes sociais têm explorado ainda mais os conteúdos no formato audiovisual”, explica Rogério Passos, sócio da agência digital Link3. Em contrapartida, o que também se observa nesse universo é que ainda existe um grande amadorismo em relação ao tema, o que pode ser prejudicial. “Estratégias que utilizam vídeos realmente são muito interessantes, desde que se tenha o cuidado adequado para estruturar um planejamento de conteúdo. Ocorre que, atualmente,  a simplicidade em produzir vídeos trouxe também um risco que pode ser negativo para as empresas”, explica Paulo Ucelli, sócio da Ponto Inicial Comunicação.  “Vivo esse mundo de produções e acho interessante que muitas vezes as pessoas se enganam ao verem vídeos de influencer achando que esses são feitos de forma caseira. Na maioria das vezes, isso é falso, já que por trás desses conteúdos existe uma apurada produção, com roteiros e equipes de apoio. Não adianta, é preciso ter qualidade ao expor sua marca”, alerta Paulo Ucelli. Uma boa estratégia de marketing não se resume a empurrar o produto da sua empresa aos clientes de forma invasiva, chata e descontextualizada, mas sim pensar no que seu seguidor ou assinante busca e oferecer um conteúdo rico. Não o que você julgue interessante, e sim o que seu cliente acha.  “Não se deve ser 100% técnico, as pessoas hoje buscam os vídeos, principalmente o YouTube, para esclarecer dúvidas de forma simples. É importante pensar sempre na linguagem e ter uma frequência de postagem — não adianta postar um vídeo a cada seis meses. Hoje, as redes sociais nos obrigam a produzir com uma grande frequência”, alerta Rogério Passos.  Com a tecnologia que temos atualmente, é possível gravar bons conteúdos até com um simples smartphone, sem depender de altos investimentos e equipamentos. Ficar insistindo em itens caros e complexos, com os quais você não tem familiaridade, vai apenas te fazer perder dinheiro, tempo e paciência. Invista naquilo que você já conhece e vá se aperfeiçoando aos poucos.  Entretanto, é preciso planejamento e colaboração de pessoas que conheçam as estratégias, de modo que os conteúdos sejam relevantes, evitando-se os riscos de uma viralização negativa. “Creio que um dos principais erros é usar o mesmo vídeo em todas as redes. É preciso adaptar a estratégia e o conteúdo para cada uma delas”, conta o CEO da Link3.    Caminhos para começar Veja algumas orientações elaborada por Rogério Passos para quem quer utilizar essa estratégia. Prepare o roteiro: defina, previamente, que tipo de conteúdo terá seu vídeo: se será a apresentação de um produto ou serviço, um tutorial com dicas relacionadas à sua área de atuação, um teaser para algum lançamento, entre outros. Em seguida, prepare o roteiro para o vídeo. Mesmo que você não seja profissional, para gravar um vídeo para redes sociais, ele deve ter começo, meio e fim. Saiba o que você vai falar, foque na mensagem que quer transmitir, use uma linguagem simples e cuide para não exceder o tempo previsto. Procure um local adequado para gravar os vídeos: além de facilitar no momento da gravação, um local adequado vai evitar que você tenha problemas com áudio, iluminação, barulhos externos e tantos outros obstáculos. É muito importante que você faça testes no local antes de começar a gravar o vídeo para valer, a fim de corrigir todos os problemas que surgirem antecipadamente, evitando retrabalho. Teste seus vídeos: depois que o material estiver pronto, teste a mensagem passada com uma audiência selecionada. Dessa maneira, você pode evitar que alguma parte do material seja mal interpretada, garantindo que as informações principais estejam claras e compreensíveis. Seja objetivo: a internet é uma rede muito dinâmica, e assim também são seus usuários. Lembre-se de que nas redes sociais os vídeos passam rapidamente no feed dos usuários e, se não houver algo que prenda a atenção deles, os conteúdos não serão assistidos. Rede social adequada: a utilização de vídeos na estratégia de marketing digital não é algo novo. Entretanto, esse formato de conteúdo ganha cada vez mais força com o TikTok, o Instagram e o YouTube. Outras redes, inclusive, como a Meta (Facebook) e o LinkedIn, estão se adaptando a esse formato. O mais importante é saber adequar o conteúdo à plataforma. “Cada rede social tem diferentes formatos de vídeo, com tamanhos, resoluções e outras especificações diferentes. Não dá mais para usar o mesmo material em todas as plataformas sem adaptação”, explica Rogério Passos. Não cometa esses erros Ausência ou roteiro ineficaz; Vídeos escuros; Iluminação inadequada; Áudio com qualidade ruim; Linguagem inadequada ao público-alvo; Conteúdo prolixo; Ambiente em desacordo com objetivo.

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sindrome de burnout

Síndrome de Burnout: mais uma doença da correria moderna

As doenças relacionadas ao trabalho sempre ocorreram nas empresas, porém com o avanço tecnológico, pressão cada vez maior e busca por altas metas, grande parte dos problemas deixaram de ser de ordem física passando a atingir o psicológico. Assim surgem novas enfermidades. Acompanhe todas as reportagens da Gestão in Foco “Há 20 anos, o maior número de afastamentos era por conta de acidentes do trabalho, de trajeto ou por problemas ortopédicos. Hoje, a situação se inverteu. Em uma rápida análise, percebemos que em janeiro de 2018, de 380 casos avaliados na Unidade da Moema, 70% são de pacientes com problemas psiquiátricos. Em seguida vêm os problemas ortopédicos”, aponta Tatiana Gonçalves, sócia da Moema Medicina do Trabalho. Gonçalves acrescenta que nestes 70% entre as doenças que acometem as pessoas se destacam a Síndrome do Pânico, o estresse e, uma das mais recorrentes, a Síndrome de Burnout. O que seria esse novo mal? O termo foi aplicado pelo psicoterapeuta norte-americano Herbert Freudenberger em 1974, ao constatar que alguns trabalhadores apresentavam sintomas como desmotivação, queixas como dores nas costas, problemas gastrointestinais, dores de cabeça e mudanças de humor. Essas pessoas se tornaram intolerantes ao estresse. De lá para cá vem crescendo o número de casos. A síndrome atinge diversas áreas profissionais, com destaque em policiais, profissionais da área da saúde e educação (sobretudo em docentes de instituições e de turmas com elevada indisciplina), médicos, gestores e administradores. Quais são os sintomas? Essa doença pode ocasionar um conjunto muito amplo de sintomas, como: Afetivos – sentimentos como tristeza, irritabilidade, perda de controle emocional, desânimo, apatia, revolta, mágoa, fúria e preocupação; Cognitivos – ter dificuldades frequentes de atenção e concentração, perda de memória e diminuição da autoconfiança e autoestima; Físicos – sintomas psicossomáticos como falta de ar, coração acelerado, sintomas gastrointestinais, problemas cutâneos, queixas musculares, fadiga e hipertensão arterial, entre outros; Alterações comportamentais – mudanças de comportamentos tão diversificadas como um ligeiro aumento da rispidez até uma postura marcadamente agressiva, bem como o distanciamento e isolamento social, consumo de substâncias como o álcool, propensão para acidentes, comportamento de jogo, etc.; Atitudes negativas em relação ao trabalho – comportamentos negativos como desmotivação e, consequente, menor entusiasmo, empenho e eficácia profissional. Quais as principais causas? A Síndrome de Burnout pode surgir a partir de grande competitividade no local de trabalho, pressão inadequada ou por ser a atividade exercida muito intensa, sujeita a riscos. Veja algumas das principais causas: Estresse na atividade profissional que abranja áreas de conflito como competência(s), autonomia, relação com os clientes, realização pessoal e falta de apoio social de colegas e superiores; Fatores organizacionais como a elevada sobrecarga de trabalho, o desalinhamento entre os objetivos da instituição e os valores pessoais dos profissionais e o isolamento social no trabalho. E ainda há fatores de ordem pessoal, entre os quais estão as relações familiares e as amizades. Como essa síndrome é mais comum do que se imagina, já foram direcionados caminhos para as pessoas que sofrem desse mal, com a melhoria das condições que originaram o Burnout (condições de trabalho e das relações profissionais com diminuição do isolamento). Pode ser importante um afastamento temporário do local de trabalho, a reorganização das suas atividades, um adequado investimento em outros interesses, como no maior convívio com família e amigos, a prática de exercício físico ou de atividades relaxantes. Pode ainda ser necessário ter ajuda médica, nomeadamente, quando a pessoa tem sintomas como a depressão e a ansiedade. A psicoterapia pode ajudar a compreender melhor as razões que o levaram a Burnout e a evitar procedimentos semelhantes no futuro. Assim, antes de que esse mal comece a acometer os colaboradores, as empresas possuem papel crucial de revisão das condições de trabalhos e busca de qualidade de vida, evitando que isso impacte diretamente nos resultados dos negócios.

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ERP – O que não se deve fazer em uma implantação de software  

A implantação de um ERP (Enterprise Resource Planning) é um dos projetos mais desafiadores para empresas que buscam transformar digitalmente seus processos. Fábio Rogério, em seu artigo, compartilhou lições valiosas sobre o que não fazer durante a implantação de ERP. Neste artigo, vamos atualizar essas lições com as melhores práticas atuais para garantir uma implementação eficaz e bem-sucedida. Alinhar Expectativas Antes de Iniciar a Implantação do ERP Uma das maiores armadilhas na implantação de sistemas ERP é o desalinhamento de expectativas entre todos os envolvidos. Antes de iniciar qualquer projeto de implantação, é crucial alinhar as expectativas entre a equipe interna e a consultoria. Com o uso de metodologias ágeis e Design Thinking, as empresas podem envolver todos os stakeholders no processo de forma mais eficiente, utilizando ferramentas como post-its digitais e plataformas colaborativas (Slack, Microsoft Teams). Isso facilita a comunicação e garante que todos saibam exatamente o que esperar do novo sistema ERP.     O Projeto de Implantação de ERP Não É Apenas da Consultoria   Uma das falácias mais comuns em implantações de software ERP é a ideia de que a consultoria é a única responsável pelo sucesso do projeto. Embora a consultoria forneça o conhecimento técnico e as boas práticas, os usuários internos são os verdadeiros responsáveis por garantir que o ERP atenda às necessidades do negócio. Hoje, as equipes multidisciplinares desempenham um papel essencial, com colaboradores de diversas áreas, como TI, finanças, e operações, trabalhando juntos no processo. Além disso, as soluções de ERP em nuvem estão cada vez mais integradas com tecnologias como inteligência artificial e big data, permitindo uma personalização mais dinâmica do sistema de acordo com as necessidades do negócio.   Não Tentar Fazer o Novo ERP Igual ao Antigo   Muitas empresas caem na tentação de tentar fazer o novo ERP funcionar da mesma maneira que o sistema antigo. Mudança é necessária, e o novo sistema não deve ser uma simples réplica do antigo. Isso pode resultar em customizações desnecessárias, que não apenas aumentam os custos do projeto, mas também reduzem a flexibilidade e a escalabilidade do sistema. O objetivo da troca do ERP é justamente melhorar os processos, adotar novas tecnologias e garantir maior segurança. Por isso, a empresa deve estar aberta às mudanças que o novo sistema traz, em vez de tentar manter os mesmos processos e procedimentos.   Manutenção Contínua do ERP: Garantindo a Atualização e Segurança do Sistema   A manutenção de um ERP não deve ser subestimada. Atualizações contínuas são essenciais para garantir que o sistema esteja em conformidade com as novas legislações e incorpore melhorias tecnológicas. As soluções de ERP baseadas em nuvem oferecem atualizações automáticas, permitindo que a empresa esteja sempre à frente das mudanças do mercado. Além disso, a segurança cibernética deve ser uma prioridade constante. Com a crescente digitalização, a proteção de dados se tornou um desafio cada vez maior, e a implementação de protocolos de segurança avançados, como autenticação multifatorial (MFA) e criptografia de dados, é essencial para proteger as informações sensíveis da empresa.   Como Selecionar o ERP Certo para Sua Empresa   Escolher o ERP certo é fundamental para o sucesso da implantação. Um bom ERP deve se alinhar com as necessidades específicas do seu modelo de negócios e ser escalável para crescer com sua empresa. Ao escolher um ERP, leve em consideração a flexibilidade do sistema, as opções de personalização e a facilidade de integração com outras ferramentas e plataformas. Além disso, priorize fornecedores confiáveis com um bom histórico de implementações bem-sucedidas, suporte técnico de qualidade e uma comunidade ativa de usuários. Isso garantirá que, em caso de problemas ou dúvidas, você tenha a assistência necessária para resolver rapidamente.         A Importância da Formação e Treinamento Para os Usuários   Para garantir uma implantação bem-sucedida do ERP, é crucial investir em treinamento adequado para os usuários. A adaptação ao novo sistema pode ser difícil sem o suporte necessário, por isso, a realização de sessões de treinamento contínuas é fundamental. Ofereça treinamentos práticos, simulando as situações do dia a dia da empresa, para que os usuários se familiarizem com as novas funcionalidades e processos. Isso ajuda a minimizar erros, aumentar a produtividade e reduzir a resistência à mudança.   Definindo KPIs e Métricas de Sucesso na Implantação de ERP   Uma vez que o sistema ERP esteja implantado, é importante definir KPIs (Indicadores de Desempenho) para monitorar o sucesso do sistema e sua efetividade na melhoria dos processos. Defina metas claras e mensuráveis, como redução de tempo em processos, melhoria na acuracidade dos dados e aumento na eficiência operacional. O acompanhamento constante dessas métricas permite ajustes rápidos e garante que o ERP esteja atingindo os objetivos da empresa.   O Sucesso na Implantação de ERP Depende de Uma Parceria Estratégica A implantação de um sistema ERP bem-sucedido depende da colaboração entre consultoria e equipe interna. Adotar metodologias ágeis, tecnologias de ponta e garantir a manutenção contínua do sistema são elementos-chave para o sucesso do projeto. Ao focar nessas práticas, sua empresa estará mais preparada para enfrentar os desafios da transformação digital e tirar o máximo proveito de seu novo ERP.     Transforme a Gestão da Sua Empresa com a Confirp Contabilidade!   A implantação de um sistema ERP bem planejado é essencial para otimizar seus processos e alcançar resultados significativos. Se você quer garantir o sucesso da implementação, a Confirp Contabilidade é a parceira estratégica ideal para esse processo. Conte com a Confirp para alinhar expectativas, escolher o ERP certo e garantir a manutenção contínua do sistema. Nossos especialistas em gestão empresarial e consultoria de ERP têm a experiência necessária para proporcionar uma transformação digital sem erros. Entre em contato com a Confirp agora e descubra como podemos ajudar sua empresa a crescer com mais eficiência!   Veja também: ERP para Contabilidade: O Que É, Como Funciona e Quais São os Benefícios? Desmistificando o SAP: Custo-Benefício e Vantagens para Pequenas e Médias Empresas Quer aumentar o valor da empresa? Auditoria e ERP   Fábio

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Compliance – em conformidade com a lei e a ética corporativa

O atual mundo corporativo enfrenta o desafio de sobreviver numa sociedade globalizada, em constante transformação por conta dos inéditos avanços tecnológicos. Baixe a revista na íntegra Paralelamente, forma-se o consenso de que o Estado não é capaz de responder sozinho a todos os anseios da população, pelo simples motivo de que não possui a primazia na formulação de normas e condutas. Logo, verifica-se um processo de descentralização, convergindo-se para uma verdadeira estrutura de rede, seja no campo social, seja no ambiente corporativo. Nesse novo contexto, surge a oportunidade para que as empresas sejam verdadeiros agentes de transformação social, valendo-se do tripé: compliance, governança corporativa e responsabilidade social. Com efeito, é urgente a celebração de um novo pacto entre Estado, mercado e sociedade civil, ancorado no compromisso de integridade e conformidade – representado pelos programas de compliance. O que é compliance Segundo o advogado André Damiani, sócio fundador do escritório Damiani Sociedade de Advogados, o termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução. No âmbito corporativo, significa estar em conformidade com as normas externas (ambiental, fiscal, trabalhista, societária, contratual, concorrencial, administrativa e penal) e diretrizes internas (como o código de ética, procedimentos e políticas internas) que regem cada negócio. Benefícios da adoção do compliance Há diversos benefícios para a empresa que o adota. “A implementação de um efetivo programa de compliance, feito sob medida para cada empresa, traz diversos benefícios, tais como transparência e confiança nas relações internas e externas, aumento de eficiência e produtividade, vantagem competitiva e aumento do valor de mercado. Além disso, sob a ótica da vigilância, protege a integridade civil e criminal da empresa, previne danos financeiros e reputacionais, entre outros aspectos”, explica André Damiani. Na visão da economista Cláudia Hausner, que integra a área de Compliance do escritório Damiani, “a construção de valor das empresas está diretamente ligada a um eficiente programa de compliance que tenha fluidez dos processos, mitigação de riscos e métricas de resultados afinadas. Compliance é um investimento seguro para a construção de valor”. A lista de benefícios é complementada por Mayra Carrillo, sócia da Damiani Sociedade de Advogados. “O compliance é um selo de boas práticas, transparência e confiança empresarial. Além disso, os custos que envolvem sua implementação e manutenção são bem menores do que os gastos por não conformidade. Exemplo disso, a Lei Anticorrupção prevê, para empresas que praticarem as infrações nela descritas, graves sanções, como multas de até 20% do faturamento bruto. Por certo, as empresas que resistem a um programa efetivo e completo terão dificuldade em prevalecer num mercado cada vez mais ético e competitivo”. Como implementar Importante reforçar que a implementação de um programa de compliance não possui fórmula padronizada, depende das particularidades de cada negócio. “De toda forma, a implementação abrange um processo de conhecimento de toda a informação operacional e legislações que regem suas atividades, além da avaliação de riscos, para só depois desenvolver manuais de conduta e procedimentos capazes de identificar, corrigir e prevenir práticas irregulares”, explica Damiani. O envolvimento de todos os gestores é condição indispensável para o processo de estruturação e posterior monitoramento do programa de compliance. O respeito àquela máxima de que “o exemplo vem de cima” é fundamental, uma vez que a alta gestão da corporação deve estar envolvida em toda a implementação e no posterior monitoramento das ações de compliance. Além disso, é preciso considerar que no processo há bastante sinergia com a área de recursos humanos. Recursos Humanos também é parte do negócio “A área do RH tem papel relevante na estratégia, implementação e aperfeiçoamento das bases formadas na gestão de compliance, governança corporativa e responsabilidade social da empresa”, explica Celso Bazzola, CEO da Bazz Estratégias em Recursos Humanos. Um fator que poucas pessoas se atentam é sobre a importância da área de recursos humanos para que esses processos sejam estabelecidos de forma adequada nas empresas. “O compliance determina boas práticas que todos da empresa terão que aderir e se adequar. Portanto, além do exemplo ter que partir ‘de cima’, a gestão dos profissionais deve estabelecer as normas e o modo de praticá-las. Isso irá gerar reflexo direto em todas as ações de RH, que poderá apontar necessidade de adequações nas contratações, demissões, promoções e na gerência de colaboradores e condutas internas. Para a implantação é importante que a empresa não só tenha um regimento de práticas internas, mas que essa seja inserida no imaginário dos profissionais, passando a ser praticada involuntariamente, de forma cultural”, explica Bazzola. Para que isso ocorra o primeiro passo é a contratação de profissionais íntegros – lembrando que caráter vem de casa. Além disso, será fundamental implementar uma política que valorize as atitudes positivas e éticas. Afinal, a valorização do correto fará com que todos tenham a preocupação de cultivá-lo, gerando uma cadeia de ações positivas. É preciso considerar também o complexo papel do avaliador e mediador, o profissional responsável pela apuração de denúncias internas. Este precisa saber demonstrar que denúncias não são necessariamente negativas, já que a intenção é atingir a melhoria nos processos. Para tanto, deve haver confiança em sua apuração. “Posso afirmar que a cultura do compliance dentro de uma corporação está diretamente ligada ao departamento de Recursos Humanos e em associação direta com políticas inteligentes e claras de endomarketing. O resultado tende a ser a criação de um ambiente amigável nas empresas, proporcionado pela cumplicidade e confiança entre os colaboradores, o que torna o ambiente mais leve. Assim, atinge-se também o objetivo de aumentar a produtividade das equipes”, finaliza Bazzola.

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