Os resultados da análise dos Coeficientes de Exportação e Importação (CEI) da Fiesp, divulgados pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da entidade, mostram que apesar de o Índice de Exportação (CE) da indústria brasileira ter fechado o segundo trimestre do ano em 21%, a participação de produtos importados no consumo doméstico bateu novo recorde, atingindo 24,8%.
Na comparação com o mesmo período de 2012, o CE mostrou um acréscimo de 0,5 ponto percentual, registrando, assim, o quarto maior resultado da série histórica trimestral, que começou em 2006. O maior resultado para o CE foi o registrado no terceiro trimestre deste mesmo ano, com 22,3%.
O CE para a indústria de transformação também atingiu um bom resultado, fechando o período entre abril e junho de 2013 em 18,8%
Segundo a análise do Derex, o indicador referente às exportações brasileiras interrompeu a trajetória de arrefecimento do setor industrial, mas isso não significa que a indústria se recuperou totalmente do período difícil pelo qual está passando. “Essa elevação pode ter sido motivada pelo efeito cambial que, ao desvalorizar o Real, garantiu uma vantagem às exportações de produtos brasileiros”, explica o diretor do departamento, Roberto Giannetti. “Porém, a dificuldade da indústria doméstica continua bastante evidente. Basta notar o crescimento permanente – semestre por semestre – e de forma gradual do Coeficiente de Importação.”
SP lidera as exportações brasileira
Em agosto de 2013, o maior exportador entre os estados brasileiros foi São Paulo (US$ 5,394 bilhões), acompanhado por Minas Gerais (US$ 2,835 bilhões) e Rio Grande do Sul (US$ 2,367 bilhões). Em seguida, aparecem Paraná (US$ 1,933 bilhão) e Rio de Janeiro (US$ 1,738 bilhão). O estado brasileiro que registrou o maior superávit na balança comercial, em agosto, foi Minas Gerais, com saldo de US$ 1,769 bilhão. Na sequência, aparecem os estados de Mato Grosso (US$ 1,252 bilhão), Pará (US$ 1,056 bilhão), Rio Grande do Sul (US$ 729 milhões), e Espírito Santo (US$ 291 milhões). Os estados mais deficitários, no mês, foram: São Paulo (US$ 1,872 bilhão), Amazonas (US$ 1,208 bilhão), Pernambuco (US$ 675 milhões) e Santa Catarina (US$ 584 milhões).
Quase R$ 24 bi em produtos ‘piratas’
São peças de vestuário, perfumes, óculos, brinquedos, cigarros e softwares falsificados, pirateados ou contrabandeados que entraram no Brasil e chegaram à casa do consumidor por caminhos ilegais. Com isso, o brasileiro comprou R$ 23,8 bilhões em produtos “piratas” em 2012. A constatação é do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) . “O Brasil está sendo saqueado”, disse o presidente do FNCP, Edson Luiz Vismona. Ele informou que dos 11 setores listados pelo Fórum, o que mais sofreu com a pirataria foi o de softwares. Em 2012, o mercado legal movimentou R$ 2,52 bilhões. No mesmo período, a venda de programas ilegais foi de R$ 2,84 bilhões – 112,7% em relação ao mercado legal. O cálculo da pirataria é feito de diversas maneiras, de acordo com cada setor. O de pilhas, por exemplo, avalia o produto no descarte. Neste caso, 30% das pilhas descartadas foram identificadas como “piratas”.
Camex concede 314 novos ex-tarifários
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu para 2% a alíquota do imposto de importação com a concessão de 314 ex-tarifários para bens de capital e para bens de informática e telecomunicações. A Resolução Camex n° 73, publicada no Diário Oficial da União, relaciona os 15 ex-tarifários para bens de informática e telecomunicação, sendo 14 pedidos novos e um pedido de renovação; enquanto que a Resolução Camex n° 74, trata dos 299 ex-tarifários para bens de capital, sendo 266 pedidos novos e 33 pedidos de renovação.
Importações de vestuário aumentam 8%
Nos primeiros oito meses do ano, somente as importações de vestuário apresentaram aumento de 8%, em valor, comparativamente com o mesmo período em 2012. Essa variação foi de 4,5%, em toneladas. Já as importações de têxteis e confeccionados cresceram, 1,9%, em valor (US$), de janeiro a agosto deste ano. As exportações caíram 1,4%, enquanto o crescimento do déficit na balança comercial do período foi de 2,8% em relação ao mesmo período de 2012 (dados sem fibra de algodão).
Obrigatoriedade da Ficha de Importação
A obrigatoriedade do preenchimento e entrega da FCI (Ficha de Conteúdo de Importação) terá início no próximo dia 1º de outubro de 2013, depois que Governo Federal prorrogou a data dessa obrigação – o prazo anterior era 1º de agosto de 2013. “As empresas que industrializam produtos com utilização de insumos importados estarão obrigadas ao preenchimento e entrega da FCI antes da emissão da Nota Fiscal. A prorrogação que ocorreu foi bastante apropriada, pois possibilitou um maior prazo para adequação a mais esta necessidade, contudo, o que tenho observado é que muitas empresas não se aproveitarão dessa prorrogação e ainda terão dificuldades “, explica o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota.
Fonte – Monicor Mercantil
23/09/2013
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